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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Medo do Sucesso

De vez em quando ouve-se por aí a expressão "medo do sucesso", que normalmente só é entendida de primeira por quem não o tem, ou já o superou.

Na verdade, como todo medo, talvez o medo não seja do sucesso propriamente dito, mas das consequências deste.

Para simplificar, vamos tomar dois exemplos hipotéticos para meditar acerca do "medo do sucesso": o sucesso profissional e sucesso nos relacionamentos. E pelo mesmo motivo de simplificar, não vamos entrar no mérito que para pessoas diferentes, conceitos diferentes de sucesso.

As pessoas que tem medo do sucesso profissional (ou das consequências do sucesso profissional) normalmente têm traços de mesquinhez, de sovinice. São pessoas que preferem ficar na mediocridade porque se fizerem sucesso e ganharem dinheiro --- aí sim vem seu verdadeiro medo --- terão que dividir o resultado de seu esforço com outros.

Talvez por ter sofrido na infância algum trauma porque lhe obrigavam a abrir mão do que era seu de direito para dar a outro que não necessariamente merecia aquele benefício.

Talvez porque tenham medo de morrer, e imaginem que compartilhando o fruto de seu sucesso venha a faltar-lhes o suficiente para sobreviver.

Talvez porque não saibam ainda que são livres e soberanas para decidir o que desejam, a cada instante de sua vida, e que não existe essa história de "ter que", a ponto de sua vontade não ser respeitada.

Da mesma forma, podemos imaginar que as pessoas que têm medo do sucesso nos relacionamentos pessoais também sofrem de mesquinhez afetiva.

Talvez sejam pessoas que na infância tenham sido privadas do amor dos pais, ou acreditaram-se assim, e na fase adulta projetam essa crença introjetada em seus relacionamentos, procurando sempre pessoas que não vão amá-las na mesma medida, ou que estejam sempre propensas a abandoná-las.

Assim, essas pessoas desenvolvem um medo profundo de ter um relacionamento saudável, porque temem o que possa acontecer depois: perder o amor de sua vida, serem abandonadas, humilhadas, roubadas no seu sentimento.

Pode ser muito fácil vencer o medo do sucesso. Basta que a pessoa tenha coragem de analisar o medo (sem ter medo do medo, por absurdo que isso possa parecer); humildade para aceitar que o medo faz parte do universo que cada indivíduo é, por isso mesmo não pode ser rechaçado sem ser antes conhecido; e honestidade para não trapacear contra si mesmo no processo de investigação do medo; e, claro, coerência para saber que ao atingir um nível de consciência mais elevado do que tinha antes a pessoa tem de passar a agir de acordo com essa nova consciência, sem achar que ser incoerente com relação à consciência alcançada seja algo pelo qual se passa impunemente.

Hipnose para Vencer o Medo

As pessoas que sofrem de paranoia, pânico, medo intenso, fobias, ou seja qual for a denominação que a ciência dê para a situação, não raro estão dispostas em algum nível a fazer o que for preciso para acabar com o medo, principalmente se a solução puder vir de um ritual, de uma pílula ou até mesmo de uma cirurgia.

Entre os muitos expedientes que a medicina tradicional encontrou para "tratar" o medo está a hipnose, que muitos pacientes e terapeutas consideram, mesmo que oficiosamente, como a "cura definitiva" do problema.

Não é.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

O MEDO DA ENTREGA

Todo ser humano nasce com um medo básico: o medo da extinção, o medo da morte. Porém, cada um desenvolve a partir desse medo básico, outros temores. Há dois temores específicos, que se entrelaçam um no outro: o medo de entregar-se ao amor e o medo de conhecer-se.

Desde Platão, há uma crença: a crença da divisão. Na sociedade grega, acreditava-se que havia existido um ser sobre-humano, um super-homem que tentara desbancar os deuses. Esse ser, era hermafrodita, pois possuía ambos os sexos. Castigado pelos deuses, esse ser foi partido em dois, homem e mulher, e desde então tem vagado pelo mundo buscando novamente ser um único corpo, uma única alma.

Assim, homens e mulheres, ao longo dos tempos, acreditaram na famosa história de encontrar sua “cara metade”, como se a falta que sentissem fosse a falta do amor de um companheiro. Encontrar esse ser que nos completa, tornou-se através da arte romântica e depois nos dias atuais, quase uma obsessão.

Porém, há quem tema esse encontro, pois o amor costuma nos revelar para nós mesmos. Eis aí, o medo que assola nossos dias: o medo da entrega. Entregar-se ao outro não significa necessariamente ter sexo com uma outra pessoa. Significa confiar segredos que não confiaríamos aos nossos amigos, significa dizermos o que pensamos e sentimos sem medo de sermos abandonados ou rejeitados, significa partilhar partes de nós mesmos que não partilharíamos com mais ninguém.

É, isso sim, ter intimidade suficiente para sermos nós mesmos, em nossa pura verdade, sem nenhuma máscara. Mas isso assusta. Porque ter intimidade com outro ser implica conhecermos muito bem a nós mesmos. E conhecer-se é um processo lento, doloroso e que demanda muita coragem. Para conhecer-se a fundo, é necessário descobrir-se falho, cheio de imperfeições e limitações, humano.

É preciso que amemos nosso lado sombrio e perverso. Que aceitemos possuir sentimentos como desconfiança, aversão, ciúme, inveja, raiva. E, tendo aceitação por essa nossa parte negra, nos aceitemos por inteiro, nos amemos em toda a nossa imperfeição. E esse é um processo muito difícil, porque no mais das vezes apresentamos aos outros e a nós mesmos, apenas os aspectos bons, dignos de serem elogiados, de nossa personalidade.

Isso porque vivemos num mundo de imagens idealizadas. Você já viu uma super modelo ter defeitos? Você já viu o ator de cinema chorar porque perdeu a mãe? O cantor de rock cheirar uma carreira de cocaína na frente da TV? O banqueiro ser preso por pedofilia? Não, você nunca viu essas imagens, porque a indústria do entretenimento e a sociedade de massas te apresentam a modelo, a atriz, o cantor e o banqueiro felizes, ricos, bonitos, perfeitos, em suma. Só você sofre, só você tem defeitos e chora por se sentir sozinho neste mundo.

Aceitar que vivemos numa sociedade que fabrica ilusões, porém, aumenta-nos o peso de termos de ser perfeitos o tempo todo. E então, face á nossa humanidade, podemos perdoar-nos por nossas fraquezas e falhas, e perdoando-nos, aceitarmo-nos tal como somos. Aceitando-nos podemos nos amar e amando-nos podemos amar a outra pessoa também. Assim, o medo do amor é na verdade o medo de si mesmo.

Portanto, amando a si mesmo podemos abrir nossos corações para que outra pessoa chegue. Uma pessoa que tem individualidade e personalidade próprias, mas que pode partilhar experiências de vida conosco, que pode partilhar visões de mundo conosco, que pode partilhar momentos de felicidade e tristeza conosco. E assim, ensinar-nos que o amor é um sentimento mais profundo.

Que o amor não se dá apenas na superfície, que para ele se realizar é necessário amarmos o todo de nós mesmos e do outro. E o TODO implica o lado bom e o lado ruim. Implica as fraquezas e as qualidades, os defeitos e a capacidade de doar-se. Implica que aceitemos a nós mesmos e ao outro por INTEIRO. Só desta maneira podemos visualizar o que há de divino em nós e no outro e assim, chegar á síntese tão sonhada pelos gregos.

E descobriremos ao final que não nos faltava nada, que estávamos preenchidos o tempo inteiro, bastava que buscássemos a nós mesmos! Bastava que nos conhecêssemos! E amássemos a nós mesmos integralmente! Alguém disse, não lembro quem, um verso assim: conhece-te a ti mesmo e conhecerás os mundos e os Deuses. Junto a este verso um outro, vindo do Mestre Jesus: ama ao próximo como a ti mesmo. Eis aí, todos os segredos revelados. Eis aí a solução de nossos medos mais profundos.

Lívia Petry

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Além do Horizonte do Medo

Estava aqui ouvindo esta canção do Roberto Carlos (e Erasmo), Além do Horizonte, e fiquei pensando que horizonte é esse além do qual a alegria e a felicidade existem, e onde se pode viver em paz num paraíso de amor.

Ora, a (minha) resposta veio imediatamente: só pode ser o horizonte do medo. Qual mais seria? E aqui não falo de medo específico, e sim do medo comum a todos os seres vivos, seja ele medo de morrer ou medo de avião.

Mas todo medo terreno aponta para um medo maior, mais alto: o medo de não existir depois que a matéria se for. Pois o medo de estar separado, excluído, de estar sozinho na terra e distante de Deus nos leva a pensar em como é isso depois de passarmos desta para melhor. Mesmo os que negam a Deus, ou o Criador, o Cosmos, Universo, ou o nome que Ele receba em cada cultura, ou seja, os ateus, será que eles deixam de pensar seriamente sobre o que restará depois da morte física?

Já ouvi pessoas que não acreditam em vida espiritual após a morte do corpo defender esta ideia com unhas e dentes numa hora, mas em outra entram em dúvida, e hesitam na própria afirmação, ficando com medo de que seja diferente.

Mas pelo menos podemos pensar a questão, indo além do limite do medo de as coisas não serem como a gente imagina. Indo além do nosso próprio ego, que é nossa memória morta do passado, podemos nos conceber como seres com alma, espírito e consciência, e que esta consciência não acaba depois da morte física. Para isso, precisamos deixar de pensar esta ideia para além do sentimento comum a todos os seres encarnados, que é o medo da morte.

Tem um conceito interessante sobre isso que me lembrei outro dia, que é: nós somos aquele que continua, ou seja, o "eu" em nós que está vivo, presente no momento presente, independente de tudo que tenhamos passado e das sequelas que temos ainda disso, mentais, emocionais ou físicas. Eu sou aquele que continua vivo no momento presente, atento ao que se passa comigo aqui e agora. E isto é o que vale, apesar de qualquer coisa boa ou ruim que pensemos de nós mesmos.

Voltando então à canção do Roberto, entendo que para conhecer o Paraíso de Amor, a gente precisa ir além do horizonte do medo, qualquer que seja ele, da maneira que cada um puder e no tempo que puder.

Pois a ideia aqui é de vencer o medo, superar a si próprio, ir além do nosso horizonte limitante de medo, que é o famoso único inimigo (interno) que temos, como dizem os orientais, encarando-o, entrando nele, para aprender a sair dele.

Boa meditação,

Gentil.

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Vamos então à música do mestre Roberto Carlos, que nos incentiva a procurar o que está além do horizonte. Vejam esta bela versão desta canção, que acho de arrepiar, numa parceria com Jota Quest (eles mudam a letra um pouco na apresentação, fazendo improvisos; mais abaixo, uma versão somente do Jota Quest):

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Além do Horizonte deve ter

Algum lugar bonito
Prá viver em paz
Onde eu possa encontrar
A natureza
Alegria e felicidade
Com certeza...

Lá nesse lugar
O amanhecer é lindo
Com flores festejando
Mais um dia que vem vindo...

Onde a gente pode
Se deitar no campo
Se amar na relva
Escutando o canto
Dos pássaros...

Aproveitar a tarde
Sem pensar na vida
Andar despreocupado
Sem saber a hora
De voltar...

Bronzear o corpo
Todo sem censura
Gozar a liberdade de uma vida
Sem frescura...

Se você não vem comigo
tudo isso vai ficar
no horizonte esperando
por nós dois

Se você não vem comigo
nada disso tem valor
de que vale o paraíso
sem amor

Além do Horizonte
Existe um lugar
Bonito e tranqüilo
Prá gente se amar...

Lá Larálarálarálará Lalá
Lá Larálaralarálará Laralá
Lá Laralaralarálará Lalá
Lá Larálarálarálará Laralá...(2x)

Se você não vem comigo
Tudo isso vai ficar
No Horizonte
Esperando por nós dois...

Se você não vem comigo
Nada disso tem valor
De que vale o paraíso
sem Amor...

Além do Horizonte
Existe um lugar
Bonito e tranqüilo
Prá gente se amar...

Lá Larálarálarálará Lalá
Lá Larálarálarálará Laralá
Lá Larálarálarálará Lalá
Lá Larálarálarálará Laralá...(2x)

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O melhor é viver sem medo

Ouvindo esta canção da Rosana Arbelo, cantora espanhola (nascida em 1963), Sin Miedo, que um amigo meu de Barcelona me enviou, me lembrei que quando eu era criança eu sonhava constantemente com as coisas que eu queria fazer na vida. Eu não tinha medo de sonhar, pois naquela época eu era um sonhador. E hoje me dou conta que realizei o que eu sonhava naquela época, e muito mais.

Quando eu era pequeno, morando no interior de Minas Gerais, meu maior sonho era morar numa cidade grande e fazer faculdade. E isso faz tempo que fiz: me graduei em Letras em 1991. Na graduação, sonhei em traduzir as Folhas de Relva de Walt Whitman, o que comecei no mestrado, continuei no doutorado, estando agora continuando neste trabalho (publicado no site Poesia de Whitman). Durante esse tempo, sonhei em publicar meus escritos e traduções, o que também fiz e estou fazendo. E agora, quando eu achava que tinha parado de sonhar, recordei a minha infância e estou vendo que posso continuar sonhado com o que quero pra mim, posso ser de novo um sonhador. E esta canção me ajudou a lembrar isso mais ainda, até porque o divino é o tema mais alto e freqüente abordado por Whitman em sua poesia. Segue o vídeo da música com a letra abaixo (a canção A Fuego Lento também é dela).



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SIN MIEDO (Rosana)

Sin miedo sientes que la suerte está contigo
Jugando con los duendes abrigándote el camino
Haciendo a cada paso lo mejor de lo vivido
Mejor vivir sin miedo

Sin miedo, lo malo se nos va volviendo bueno
Las calles se confunden con el cielo
Y nos hacemos aves, sobrevolando el suelo, así
Sin miedo, si quieres las estrellas vuelco el cielo
No hay sueños imposibles ni tan lejos
Si somos como niños
Sin miedo a la locura, sin miedo a sonreir

Sin miedo sientes que la suerte está contigo...

Sin miedo, las olas se acarician con el fuego
Si alzamos bien las yemas de los dedos
Podemos de puntillas tocar el universo, sí
Sin miedo, las manos se nos llenan de deseos
Que no son imposibles ni están lejos
Si somos como niños
Sin miedo a la locura, sin miedo a sonreir

Sin miedo sientes que la suerte está contigo...

Lo malo se nos va volviendo bueno
Si quieres las estrellas vuelco el cielo
Sin miedo a la locura, sin miedo a sonreir.

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Morihei Ueshiba: documentário sobre o grande Mestre

Caros leitores,

incluo aqui um documentário sobre o grande Mestre Ueshiba, um material raro e único. Ele está em cinco partes e é narrado em inglês. Mas isso não nos impede de apreciar as imagens, os movimentos e os treinos:


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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Morihei Ueshiba: a verdadeira vitória é a vitória sobre si mesmo

Morihei Ueshiba (1883-1969), o criador do Aikido, também era mestre do Judô, Kendô e Jujutsu. Também foi o fundador da Aikikai, a Fundação que promove desde o final da segunda guerra mundial o Aikido pelo mundo.

Um dos fundamentos do Aikido é a não-violênica, o não atacar. Só o fato de você querer dar o primeiro golpe em alguém já significa treinamento insuficiente.

Isso também quer dizer que o único oponente, ou inimigo, é a própria pessoa.

Assim, a verdadeira vitória é a autovitória, a vitória sobre si mesmo, no presente, contra os inimigos internos.

Os mais perigosos, na visão de Ueshiba, são: o medo, a raiva, a confusão, a dúvida e o desespero.

Quando conseguirmos superar esses adversários de nossa paz interior, estaremos prontos para superar qualquer ataque exterior, pelo simples fato de que não estaremos mais expostos a eles e saberemos evitá-los, assim como os vencemos internamente.

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Para obter mais informações sobre Mestre Ueshiba, recomendo a vocês dois livros excelentes sobre o Caminho do Guerreiro: Segredos do Budo, de John Stevens, e Três Mestres do Budo, do mesmo autor, ambos pela Editora Cultrix.

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A relação de oponentes internos criada pelo grande Mestre, a serem superados por qualquer ser humano, e não apenas pelos seguidores do Caminho do Guerreiro, foi ampliada por um discípulo de Mestre Ueshiba, o Dr. Austro Queiroz, fundador/conceptor do Zen Budo: o Dr. Queiroz criou o Jogo do PAS, que é o Programa de Auto-Superação. Nele, há dez passos a serem percorridos para se chegar à Paz Interior. Os 9 primeiros passos desses dez podem ser também vistos como inimigos internos a serem vencidos. Embora estejam numa ordem diferente da fornecida pelo Mestre japonês, neste jogo os cinco primeiros passos são os mesmos:

1. medo,
2. raiva,
3. dúvida,
4. confusão,
5. desespero,
6. alienação,
7. demência,
8. exaustão,
9. morte,
10. renascimento.

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Você também pode acessar o Jogo do PAS pelo Blog do Jogo do PAS.

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sábado, 16 de janeiro de 2010

Alfred Webre: despertando para uma era de luz e amor

Alfred Webre, Juiz Internacional da Corte de Kuala Lumpur, ex-assessor do Presidente Jimmy Carter (1977) e Presidente de Exopolítica, fala sobre a humanidade, nossas almas, multidimensionalidade, interdimensionalidade, extra-terrestres, luz e amor, escuridão, cérebro reptiliano, vaticano, corrupção, Rothschilds, Rockefellers, Bush (senior e junior), Obama, Império Romano, dinheiro, poder, urânio radioativo, viagens no tempo, Gripe A, Sionistas, visão remota, Unidade Cósmica e o destino da humanidade e do planeta terra numa entrevista concedida na Espanha.

Assistam a esta importantíssima entrevista neste vídeo (ele fala em espanhol, de uma maneira bem pausada e fácil de entender para falantes de português):


Entrevista Alfred Webre from Manel Macià on Vimeo.

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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Medo, fobia ou simples paranoia?

Estava lendo um artigo sobre a diferença entre medo, fobia e pânico, chamado Você tem medo de quê?.

Nesse artigo, os especialistas descrevem o medo, que dizem ser natural, que gera o processo clássico de luta ou fuga. Como essas reações eram naturais em contextos antigos, elas hoje provocam simplesmente o estresse, pois não estamos mais num ambiente em que podemos sempre lutar ou fugir. Ou seja, hoje nós racionalizamos isso, e na maioria dos casos não conseguimos resolver o problema, nos tornando pessoas estressadas pelo acúmulo de reações controladas de luta ou fuga.

Eles também descrevem na mesma matéria as fobias, como um medo aumentado, mas sem a causa do medo, ou seja, é uma reação sem objeto, que aparece apenas como um fantasma de algo que aconteceu em algum momento do passado.

Para dizer de maneira bem direta, uma fobia é uma paranoia, um medo gerado pela memória de um momento traumático vivido numa realidade que não existe mais. É como um programa que fica rodando automaticamente toda vez que se aperta determinada tecla.

E depois disso tudo vem o pânico, que é uma reação extrema totalmente irracional advinda de uma paranóia. Tanto que podemos sempre dizer que temos medo de algo (o objeto do medo é identificável), mas não pânico de algo. Pânico é pânico, não tem razão causal ou racional de acontecer. Mas acontece. Nessa hora, assim como nas fobias, a única coisa possível de se fazer é respirar fundo, inspirando e expirando pausadamente, para poder botar os nervos no lugar, focalizando mais a expiração do que a inspiração, pois temos mais excesso de ar do que falta dele.

Posso dizer isso de cadeira, pois já passei pelo pânico algumas vezes, e literalmente só a busca de calma através da respiração me salvou.

Para mim, os aspectos mais importantes desse processo é entender que uma fobia é uma memória passada, um programa, que se apresenta no presente como paranoia, ou seja, medo de que vá se repetir (é o passado gerando o futuro, e tirando a pessoa do presente). Por isso é preciso lembrar que isso é irreal, pois o que passou é passado, não vai se repetir. É mais importante trabalhar esta ideia, ou seja, focar o presente,  e verificar no contexto presente que ele não tem mais a causa do passado.

E trabalhar a respiração, que é um exercício físico/fisiológico que nos mantém no presente. A RESORI, ou Respiração Original é um excelente método para isso.

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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

PARA REFLETIR NO ANO NOVO – O MEDO DA MORTE

A morte sempre nos aparece como uma figura assustadora: ela é a ceifeira de vidas, ela decompõe os corpos, ela desfaz tudo o que existia. Geralmente vista como uma caveira, vestida de negro, empunhando uma foice, essa figura horrenda não deveria nos assustar tanto.

Todo final de ano e início de um ano novo é também uma espécie de morte e renascimento. Nesse intermezzo entre dezembro e março, temos tempo para refletir no que queremos semear em nossas vidas e no que deve ser ceifado. Nem sempre “morrer” significa decompor-se.

Ás vezes é necessário morrer para o passado, por exemplo. Porém, essa situação de transição entre o que passou e o que ainda não veio muitas vezes nos atemoriza, nos apavora, e aí, nos prendemos áquilo que deveríamos largar em nossas vidas.

Dou um exemplo de “morte psíquica” ou emocional, como queiram, que aconteceu comigo, alguns anos atrás. Eu estava apaixonada por um rapaz que não correspondia aos meus sentimentos. Até o dia que entendi que não havia nada  a fazer, ele realmente NÃO me amava nem um pouco. Neste dia, fui para a praia, em busca de consolo. Lá encontrei o mar e uma lição de vida:

Observando as águas do mar, me dei conta que nossas vidas são como ondas, elas iniciam, têm um ciclo de crescimento e depois se desvanecem em espuma. Ao fitar as ondas, dei-me conta que TUDO na vida é cíclico e mutável, inclusive os relacionamentos.

Porém, as ondas viram espuma mas continuam sendo água, continuam infinitamente sua jornada Oceano adentro. Da mesma maneira nós continuamos nossa jornada Eternidade adentro, mesmo depois de nossa passagem pela Terra ter se encerrado. Nunca deixamos de pertencer ao Cosmos, nunca deixamos de estar junto á energia inteligente que tudo rege, que alguns chamam Deus, outros, Força Cósmica.

Enfim, somos parte da Criação Infinita e sempre seremos este ponto de luz no Cosmos. Ao dar-me conta disso olhando para o Oceano, entendi que precisava me libertar daquela paixão do passado e seguir adiante em direção ao futuro. Entendi que tudo na vida é transitório, inclusive o sofrimento e o amor não correspondido, e neste instante, senti uma grande libertação tomando conta de minha alma.

A Alegria tomou conta de meus poros, eu respirei aliviada e chorei de emoção ao entender que um novo ciclo se iniciava em minha vida. Agora, caro leitor, eu passo essa lição que entendi muito mais com o espírito do que com o intelecto, a você que lê este texto. Não precisamos temer a morte, pois ela é uma passagem para um novo ciclo de vida e não um corte drástico e dramático com tudo o que existe!

Na realidade, devemos deixar morrer tudo o que já não serve mais para nossas vidas: sejam sentimentos, crenças, apegos, formas de pensar o mundo e a nossa jornada nesta terra. Devemos permitir o nascimento do que existe de melhor em nós, de nossa libertação dos apegos e sofrimentos, de nosso passado.

O Ano- Novo e os meses de férias deveriam ser o espaço para renascermos em nós mesmos, para nos “parirmos” uma segunda vez. Devemos olhar para o que desejamos no futuro e como podemos soltar as amarras do passado, sejam elas emocionais ou não. Desfazer os nós que nos prendem ao sofrimento é uma tarefa árdua mas digna. Devemos buscar através da coragem de enfrentar o desconhecido, a superação das angústias passadas.

O medo não serve a nada nem a ninguém e apenas nos paralisa no tempo. Por isso é tão importante entender a morte do passado não como uma fonte de temores, mas como uma porta aberta á nossa felicidade futura. Certa vez um homem perguntou a Buda sobre como seria seu futuro. Buda respondeu: olha para o teu presente e verás o teu futuro. Por isso, não devemos temer o futuro,mas semear no presente tudo o que queremos colher adiante.

Devemos seguir a lição de Buda: viver o presente com plenitude, não nos apegarmos aos desejos, deixar que a vida se mostre transitória e entendê-la como eterno movimento, deixar-nos fluir com a vida. Eu também tive uma lição sobre budismo aquele dia em que fui á praia: era mais fácil deixar-me seguir com o fluxo das ondas do que ir de encontro ás águas e querer “pular” as ondas que batiam em meu corpo e me desestabilizavam.

A vida segue um fluxo, um movimento, devemos deixar-nos seguir nesse fluxo, sem ter desejos contrários, sem querer fazer tudo a nosso modo. Ás vezes somos ignorantes em relação a nós mesmos, ao curso de nossas vidas. Nessas horas devemos ter um pouco de humildade, saber que o Destino também faz parte de nossa história pessoal e permitir como na Bíblia que a Vontade do Pai seja feita.

Muitas vezes rezamos e dizemos: “Seja feita a Tua Vontade.” Mas não nos damos conta do que isso significa. Essa prece significa que há, além de nossos desejos pessoais, uma inteligência que não controlamos, e seguir os rumos que a vida nos traz é submeter-se a essa inteligência cósmica. Como alguém já disse e eu volto ao clichê, “nada ocorre por acaso”. Por isso, deixemos que a vida siga seu curso e libertemo-nos das amarras do passado. Aproveitemos o Ano Novo para deixar nascer em nós a coragem de sermos felizes e enterrarmos os sofrimentos que não mais condizem com o nosso presente.

Lívia Petry

29.12.09

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sábado, 10 de outubro de 2009

Vencendo o medo de falar em público

Caros leitores,

trago hoje duas dicas para vencer o medo de falar em público.

A primeira é praticar a RESORI, ou Respiração Original, do Dr. Austro Queiroz, publicada em seu site, logo na página inicial. Aliás, vale a pena ler todo o material que lá está, para quem deseja conhecer outras técnicas de relaxamento, como o RC (Relaxamento Cinético), por exemplo.

A segunda dica é sobre O Livro do CHI (TOHEI, 2000, Ed. Manole), do mestre Koichi Tohei. Neste livro ele ensina uma técnica simples de meditação, basicamente fundamentada na concentração em um ponto baixo do corpo, qualquer que seja a parte do corpo que estejamos focalizando, ele sempre recomenda focalizar a parte mais baixa dela.

Um exemplo de meditação é sentar, com as pernas cruzadas, e colocar a atenção num ponto abaixo do umbigo, com o objetivo tanto de esvaziar a mente ao mesmo tempo que não utilizamos uma marca física para fazê-lo. Isso precisa de um treinamento mínimo e simples. Basta ser diário.

Depois de sentar-se confortavelmente, fixe um ponto abaixo do umbigo, e simplesmente respire, observando sem nenhuma tensão como o ar entra e sai dos pulmões. Dez a vinte minutos deste exercício diariamente são excelentes para acalmar uma mente estressada.

Outra recomendação do Mestre Tohei, para ajudar no relaxamento antes de apresentações públicas, é sacudir as mãos, ao lado do corpo, em direção ao solo, para deixar a tensão sair. Enquanto você sentir que suas mãos ainda tremem, repita o exercício, e respire com o abdomen. Inspire pelo nariz e expire pela boca. Vale a pena ler O Livro do CHI (ou KI) para obter a informação completa sobre esta técnica.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Perdendo o medo de tomar uma decisão

Tomar uma decisão dá medo.

Porque nunca temos certeza absoluta dela.

Pode sempre haver um “se” nos rondando.

E se algo tão importante der errado, o que faremos?

E se a coisa desandar depois?

Qualquer pessoa pode citar inúmeros “se’s”.

De fato, o medo interfere em qualquer decisão, e sempre de maneira negativa, é claro.

Mas aí vamos precisar de algo que nos ajude depois da decisão tomada, ou jamais tomaremos decisões importantes.

E este algo é aprender a retificar com freqüência o caminho escolhido na decisão, e isso é ainda mais importante do que saber de antemão se a decisão foi absolutamente correta.

Simplesmente porque o mundo está em constante mudança, e precisamos acompanhar este movimento.

Mas como fazer isso?

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Para saber mais, leia Perca o Medo de Decidir, do Dr. Austro Queiroz.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Superando a si próprio

Estava dando uma olhada num livrinho que adoro e que sempre releio, que é o Tao em Quadrinhos, que foi adaptado e ilustrado por Tsai Chih Chung do tradicional Tao Te Ching, obra atribuída tradicionalmente a Lao-tsé.

E me deparei com esta lição que cabe bem neste blog, que é Superando a si próprio.

Diz o texto, bem curtinho:

"Entender o bem e o mal nas outras pessoas é meramente inteligência.

Entender a própria natureza é a verdadeira iluminação.

Superar os outros é ter poder.

...

Mas superar a si próprio é ter a verdadeira força.

...

Ser feliz sem exigir muito é ser abençoado com riquezas."

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Falando em superar a si próprio, há um material sobe auto-superação neste endereço, chamado PAS: PROGRAMA DE AUTO-SUPERAÇÃO.

Boa meditação,

Gentil.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Aprendendo a vencer o medo em si mesmo

Caros leitores,

este blog tem o intuito de lançar uma competição.

Mas é uma competição diferente.

É uma prova para ver quem consegue vencer a si mesmo.

Ou seja, não competimos uns contra os outros, e sim conosco mesmos.

E por que motivo esta idéia está sendo lançada?

Pela simples razão de que a sabedoria oriental nos ensina que só temos um único inimigo, e ele é cada um de nós dentro de si mesmo.

Por isso só temos um inimigo a derrotar.

E como fazer isso?

Através das lições que aprendemos com os nossos Mestres neste caminho de busca de paz interior.

Assim, nesta senda de apaziguamento do conflito interior, este blog lança a todos os seus leitores este desafio de postar aqui o que aprenderam com seus mestres, para vermos quem tem a melhor lição de como chegar ao mais profundo de si mesmo no caminho da paz.

Sejam então bem-vindos ao blog e se sintam convidados a partilhar seu aprendizado conosco.

Que vença o melhor!

Este é o artigo de lançamento do blog Vencer o Medo.

O propósito do blog é estimular a busca pelo melhor meio ou caminho de se chegar à paz interior.

Há muitos mestres na história da humanidade que ensinam há milênios como fazer isso.

Por isso o título deste artigo é: Que vença o melhor!

Ou seja, o melhor modo de vencer o único inimigo que temos, que é nós mesmos, expressos nos nossos conflitos interiores.

Quem nos mostra a melhor maneira de resolver nossos embates mentais em busca da tão almejada paz?

Contribuam com as lições aprendidas, compartilhando-as com todos, para que possamos todos trilhar este caminho da tão sonhada paz coletiva que só pode ser alcançada através da paz individual enraizada no coração de cada um.

Aliás, lembro já uma das maiores lições do Divino Mestre Jesus:

Amai ao próximo como a ti mesmo.

Isto é, só podemos amar ao próximo se conseguimos amar a nós mesmos.

Partimos então do amor a nós mesmos, para depois amarmos aos outros.