quinta-feira, 29 de março de 2012

O Perdão é a Cura para o Medo

Como nos lembra o Dr. Austro Queiroz, O Perdão é a Cura para Todos os Males. Isso porque o medo é a causa de todos os males. Logo, quem puder curar-se do medo estará curado, automaticamente, de todos os males.

Culpa, Medo, Ódio


É um conceito muito conhecido de praticamente todo mundo é o de "Pecado original", que atesta que todo ser vivente vem à Terra maculado pelo "erro" que Adão e Eva teriam cometido no Paraíso, ao provarem do fruto da Árvore do Bem e do Mal.

Na verdade este "pecado original" não é como uma dívida que passa de geração a geração como uma herança maldita. Trata-se, isso sim, do sentimento de culpa que mantemos em nosso inconsciente no decorrer das incontáveis encarnações pelas quais venhamos a passar.

A briga com Deus


Tal culpa provém de que em um dado momento nós nos acreditamos separados de Deus. Isto é um delírio, pois é impossível separar-se de Deus, ou Deus não seria Deus.

Contudo, a alma se crê em separação, e isto gera a culpa. A culpa logo vira medo do julgamento divino (mas convém dizer que Deus não julga, pois julgamento não é uma característica de Sua Perfeição; quem julga é o ego). E para tentar aliviar a culpa e o medo inconscientes a alma passa a projetá-los na forma de ódio (e suas diversas manifestações, como agressão, julgamento, etc) sobre o outro e sobre Deus.

Só o perdão cura a culpa


Até que nos conscientizemos de que realmente não existe o outro, uma vez que somos todos Um só, viveremos cada instante de nossa vida acreditando que cometemos erros contra nossos semelhantes, ou contra Deus (o que gera culpa) ou que cometeram erros contra nós (o que gera ódio).

A única maneira de sair desse ciclo vicioso milenar é perdoando.

Em última análise, perdoando a si mesmo, mas querer abreviar o processo que necessariamente implica perdoar o outro seria uma forma risível de tentar trapacear com a Salvação.

O perdão é uma atitude mental


Assim como outras, perdoar é uma atitude que requer prática, que leva à perfeição.

Tanto uma criança não nasce sabendo falar e precisa aprender, e no começo ela mal consegue balbuciar sílabas soltas, quanto precisamos aprender a perdoar, e o começo pode ser bastante difícil.

No fundo todos são inocentes


Se desistirmos de achar que o mundo é real, quando na verdade ele não é mais do que um sonho, vamos constatar que todo e qualquer ser é um inocente que precisa perdoar e perdoar-se pelo que não fez (separar-se de Deus, embora o ego queira que você pense que está separado e que será punido por isso a não ser que arranje um bode expiatório que assuma a sua culpa inconsciente).

Mas como na verdade o Filho nunca se separou do Pai, este pecado que provoca tanta culpa não existiu. E tampouco o que percebemos como universo sequer um dia existiu.

E se o universo não existe, tudo é apenas um delírio,

A recompensa será divina


A prática do perdão continuado e irrestrito, incondicional, é a consequente Expiação de toda culpa incondicional, que leva ao bem estar e à paz constantes.

Perdoar o outro é perdoar a si mesmo.




Não deixe de ler:

  1. A Experiência do Medo no Caminho de Volta à Inocência

  2. O Medo da Origem é o Mal