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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

A ALQUIMIA DO PECADO

O Erro como Mestre do Acerto.

Ou, perdendo o medo de assumir os próprios erros.

Desde que nos entendemos por gente que nos julgamos pecadores. As culturas e as religiões há séculos reforçam esse rótulo, retro-alimentando nosso auto julgamento.

Mas, o que significa mesmo pecar? Cometer erros? Magoar a nós mesmos? Magoar os que amamos? Por que temos tanto medo de nos vermos cometendo esses pecados? Por que negamos peremptoriamente que erramos? E por que nos condenamos (e ao outro), antes mesmos de sabermos quais foram as  motivações ou caminhos que nos levaram ao erro?

Muitas perguntas povoam nossas cabeças sobre esse tema do erro ou pecado, tão presente em nossas vidas e ao mesmo tempo tão negado por todos.

É importante lembrar que a maioria de nós esquece que pecar, cometer erros, é uma condição inexoravelmente humana. O que nos faz entender a partir de uma lógica bem simples, que não aceitamos essa condição tão natural da  nossa existência.

Somos humanos, aprendizes, imperfeitos. Mas queríamos ser Deuses. Queríamos ser  perfeitos.

Não aceitamos nossos erros, nossos  auto-enganos.

Não aceitamos a nós mesmos. Não aceitamos nossa existência.

E se negar existir é o nosso maior pecado.

Investidos de nossa humanidade, possuímos uma mente dual. Tudo é dialético, conseqüentemente tudo será percebido numa condição de relatividade.

“Ser ou não ser, eis a questão”, já nos trazia para a reflexão sobre a dualidade humana, o poeta e dramaturgo inglês, Shakespeare. Cada evento ou fato conterá em si, seu contrário. Porém, de qualquer lado que se olhe, o evento sempre será ele mesmo, demonstrando sua unicidade. Ele mudará apenas de aspecto, dependendo da mente que o observa. A partir do ângulo que se olhe, algo poderá ser positivo ou negativo.

Partindo da compreensão colocada acima, podemos perceber que um pecado ou um erro também contém uma dualidade, podendo ser visto como algo negativo ou positivo, dependendo da relatividade do nosso olhar sobre ele.

Se  não aceitamos o erro e o julgamos como algo ruim, sem nos responsabilizarmos, para assim viabilizarmos uma retificação, ele passará a ser recorrente, atuando de forma negativa, nos aprisionando em padrões obsoletos e nos causando estagnação, em prejuízo ao movimento natural da vida.

Se, no entanto, o erro ou pecado, for visto à luz da consciência, for aceito como condição intrínseca à existência, se for recebido como um aprendizado, uma oportunidade de mudança de rota que nos levará a uma evolução pessoal, ele passará a ser assimilado como algo bom, positivo. E assim será alquimizado, transformado, e ganhará  status de virtude.

Nossa condição dialética humana, sempre nos colocará frente a opções na vida. Descartes  com sua máxima: “Penso, logo existo”, já nos informava sobre nossa dúvidas e contradições, nossa condição de escolhas. Exercer um olhar positivo ou negativo sobre algo ou alguém será sempre uma escolha pessoal a ser feita. E isso não é diferente para os erros ou  pecados cometidos.

Estar vivo é arriscar escolher, sem temer o erro, sem temer a imperfeição. Devemos lembrar sempre que somos aprendizes da vida e  toda experiência deverá nos servir de lição para nos responsabilizarmos por nossas escolhas no percorrer do caminho.

Sendo assim, não esqueceremos que o erro é o mestre do acerto. E somente esse mestre nos conduzirá ao caminho da perfeição.

Iramaia.

sábado, 10 de outubro de 2009

Vencendo o medo de falar em público

Caros leitores,

trago hoje duas dicas para vencer o medo de falar em público.

A primeira é praticar a RESORI, ou Respiração Original, do Dr. Austro Queiroz, publicada em seu site, logo na página inicial. Aliás, vale a pena ler todo o material que lá está, para quem deseja conhecer outras técnicas de relaxamento, como o RC (Relaxamento Cinético), por exemplo.

A segunda dica é sobre O Livro do CHI (TOHEI, 2000, Ed. Manole), do mestre Koichi Tohei. Neste livro ele ensina uma técnica simples de meditação, basicamente fundamentada na concentração em um ponto baixo do corpo, qualquer que seja a parte do corpo que estejamos focalizando, ele sempre recomenda focalizar a parte mais baixa dela.

Um exemplo de meditação é sentar, com as pernas cruzadas, e colocar a atenção num ponto abaixo do umbigo, com o objetivo tanto de esvaziar a mente ao mesmo tempo que não utilizamos uma marca física para fazê-lo. Isso precisa de um treinamento mínimo e simples. Basta ser diário.

Depois de sentar-se confortavelmente, fixe um ponto abaixo do umbigo, e simplesmente respire, observando sem nenhuma tensão como o ar entra e sai dos pulmões. Dez a vinte minutos deste exercício diariamente são excelentes para acalmar uma mente estressada.

Outra recomendação do Mestre Tohei, para ajudar no relaxamento antes de apresentações públicas, é sacudir as mãos, ao lado do corpo, em direção ao solo, para deixar a tensão sair. Enquanto você sentir que suas mãos ainda tremem, repita o exercício, e respire com o abdomen. Inspire pelo nariz e expire pela boca. Vale a pena ler O Livro do CHI (ou KI) para obter a informação completa sobre esta técnica.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Perdendo o medo de tomar uma decisão

Tomar uma decisão dá medo.

Porque nunca temos certeza absoluta dela.

Pode sempre haver um “se” nos rondando.

E se algo tão importante der errado, o que faremos?

E se a coisa desandar depois?

Qualquer pessoa pode citar inúmeros “se’s”.

De fato, o medo interfere em qualquer decisão, e sempre de maneira negativa, é claro.

Mas aí vamos precisar de algo que nos ajude depois da decisão tomada, ou jamais tomaremos decisões importantes.

E este algo é aprender a retificar com freqüência o caminho escolhido na decisão, e isso é ainda mais importante do que saber de antemão se a decisão foi absolutamente correta.

Simplesmente porque o mundo está em constante mudança, e precisamos acompanhar este movimento.

Mas como fazer isso?

***

Para saber mais, leia Perca o Medo de Decidir, do Dr. Austro Queiroz.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Superando a si próprio

Estava dando uma olhada num livrinho que adoro e que sempre releio, que é o Tao em Quadrinhos, que foi adaptado e ilustrado por Tsai Chih Chung do tradicional Tao Te Ching, obra atribuída tradicionalmente a Lao-tsé.

E me deparei com esta lição que cabe bem neste blog, que é Superando a si próprio.

Diz o texto, bem curtinho:

"Entender o bem e o mal nas outras pessoas é meramente inteligência.

Entender a própria natureza é a verdadeira iluminação.

Superar os outros é ter poder.

...

Mas superar a si próprio é ter a verdadeira força.

...

Ser feliz sem exigir muito é ser abençoado com riquezas."

***

Falando em superar a si próprio, há um material sobe auto-superação neste endereço, chamado PAS: PROGRAMA DE AUTO-SUPERAÇÃO.

Boa meditação,

Gentil.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O medo é a medida da indecisão

Esta canção, Miedo, cantada por Lenine e pela belíssima Julieta Venegas, nos traz uma grande lição sobre o medo.

Escolho o verso que dá título ao artigo como uma excelente definição de medo.

Pelo simples fato de que quando não estamos com medo não temos hesitação alguma no que decidimos fazer. Entre a decisão e a ação não cai nenhum véu, nenhuma sombra, como diria o poeta T. S. Eliot.

Por isso, se houver dúvida, ela só pode vir do medo de algo, seja o que for.

É comum termos um medo básico de nos expressarmos de maneira simples, concisa e direta, dizendo não ao que não queremos e sim ao que queremos.

Daí o medo nos dá a exata medida da indecisão.

E é preciso meditar sobre isso para sabermos porque estamos hesitando, para sair do medo.

O que não podemos é querer arrancar o medo à força, pois isso só causa mais medo ainda. É preciso ficar claro qual é o medo, medo de quê, pois medo é sempre de algo.

Isso é corroborado por outro verso desta canção: medo de olhar no fundo, isto é, medo de olhar no fundo de nós mesmos para ver o que esse medo está querendo nos mostrar.

Que coisa horrível foi que fizemos para termos um medo tão grande?

Mas, para sair do medo, é preciso perder o medo de entrar nele, perder o medo do medo de vê-lo.

Boa meditação,

Gentil

p.s. abaixo, a letra da canção, os compositores e o vídeo da interpretação do Lenine acompanhado da Julieta Venegas:
***

***



Miedo

Lenine

(Composição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis)

Tienen miedo del amor y no saber amar
Tienen miedo de la sombra y miedo de la luz
Tienen miedo de pedir y miedo de callar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tienen miedo de subir y miedo de bajar
Tienen miedo de la noche y miedo del azul
Tienen miedo de escupir y miedo de aguantar
Miedo que da miedo del miedo que da

El miedo es una sombra que el temor no esquiva
El miedo es una trampa que atrapó al amor
El miedo es la palanca que apagó la vida
El miedo es una grieta que agrandó el dolor

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá

Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar

Tienen miedo de reir y miedo de llorar
Tienen miedo de encontrarse y miedo de no ser
Tienen miedo de decir y miedo de escuchar
Miedo que da miedo del miedo que da

Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor

El miedo es una raya que separa el mundo
El miedo es una casa donde nadie va
El miedo es como un lazo que se apierta en nudo
El miedo es una fuerza que me impide andar

Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo
Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo

Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir
Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Aprendendo a vencer o medo em si mesmo

Caros leitores,

este blog tem o intuito de lançar uma competição.

Mas é uma competição diferente.

É uma prova para ver quem consegue vencer a si mesmo.

Ou seja, não competimos uns contra os outros, e sim conosco mesmos.

E por que motivo esta idéia está sendo lançada?

Pela simples razão de que a sabedoria oriental nos ensina que só temos um único inimigo, e ele é cada um de nós dentro de si mesmo.

Por isso só temos um inimigo a derrotar.

E como fazer isso?

Através das lições que aprendemos com os nossos Mestres neste caminho de busca de paz interior.

Assim, nesta senda de apaziguamento do conflito interior, este blog lança a todos os seus leitores este desafio de postar aqui o que aprenderam com seus mestres, para vermos quem tem a melhor lição de como chegar ao mais profundo de si mesmo no caminho da paz.

Sejam então bem-vindos ao blog e se sintam convidados a partilhar seu aprendizado conosco.

Que vença o melhor!

Este é o artigo de lançamento do blog Vencer o Medo.

O propósito do blog é estimular a busca pelo melhor meio ou caminho de se chegar à paz interior.

Há muitos mestres na história da humanidade que ensinam há milênios como fazer isso.

Por isso o título deste artigo é: Que vença o melhor!

Ou seja, o melhor modo de vencer o único inimigo que temos, que é nós mesmos, expressos nos nossos conflitos interiores.

Quem nos mostra a melhor maneira de resolver nossos embates mentais em busca da tão almejada paz?

Contribuam com as lições aprendidas, compartilhando-as com todos, para que possamos todos trilhar este caminho da tão sonhada paz coletiva que só pode ser alcançada através da paz individual enraizada no coração de cada um.

Aliás, lembro já uma das maiores lições do Divino Mestre Jesus:

Amai ao próximo como a ti mesmo.

Isto é, só podemos amar ao próximo se conseguimos amar a nós mesmos.

Partimos então do amor a nós mesmos, para depois amarmos aos outros.