Ouvindo esta canção da Rosana Arbelo, cantora espanhola (nascida em 1963), Sin Miedo, que um amigo meu de Barcelona me enviou, me lembrei que quando eu era criança eu sonhava constantemente com as coisas que eu queria fazer na vida. Eu não tinha medo de sonhar, pois naquela época eu era um sonhador. E hoje me dou conta que realizei o que eu sonhava naquela época, e muito mais.
Quando eu era pequeno, morando no interior de Minas Gerais, meu maior sonho era morar numa cidade grande e fazer faculdade. E isso faz tempo que fiz: me graduei em Letras em 1991. Na graduação, sonhei em traduzir as Folhas de Relva de Walt Whitman, o que comecei no mestrado, continuei no doutorado, estando agora continuando neste trabalho (publicado no site Poesia de Whitman). Durante esse tempo, sonhei em publicar meus escritos e traduções, o que também fiz e estou fazendo. E agora, quando eu achava que tinha parado de sonhar, recordei a minha infância e estou vendo que posso continuar sonhado com o que quero pra mim, posso ser de novo um sonhador. E esta canção me ajudou a lembrar isso mais ainda, até porque o divino é o tema mais alto e freqüente abordado por Whitman em sua poesia. Segue o vídeo da música com a letra abaixo (a canção A Fuego Lento também é dela).
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SIN MIEDO (Rosana)
Sin miedo sientes que la suerte está contigo
Jugando con los duendes abrigándote el camino
Haciendo a cada paso lo mejor de lo vivido
Mejor vivir sin miedo
Sin miedo, lo malo se nos va volviendo bueno
Las calles se confunden con el cielo
Y nos hacemos aves, sobrevolando el suelo, así
Sin miedo, si quieres las estrellas vuelco el cielo
No hay sueños imposibles ni tan lejos
Si somos como niños
Sin miedo a la locura, sin miedo a sonreir
Sin miedo sientes que la suerte está contigo...
Sin miedo, las olas se acarician con el fuego
Si alzamos bien las yemas de los dedos
Podemos de puntillas tocar el universo, sí
Sin miedo, las manos se nos llenan de deseos
Que no son imposibles ni están lejos
Si somos como niños
Sin miedo a la locura, sin miedo a sonreir
Sin miedo sientes que la suerte está contigo...
Lo malo se nos va volviendo bueno
Si quieres las estrellas vuelco el cielo
Sin miedo a la locura, sin miedo a sonreir.
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Morihei Ueshiba: documentário sobre o grande Mestre
Caros leitores,
incluo aqui um documentário sobre o grande Mestre Ueshiba, um material raro e único. Ele está em cinco partes e é narrado em inglês. Mas isso não nos impede de apreciar as imagens, os movimentos e os treinos:
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incluo aqui um documentário sobre o grande Mestre Ueshiba, um material raro e único. Ele está em cinco partes e é narrado em inglês. Mas isso não nos impede de apreciar as imagens, os movimentos e os treinos:
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Morihei Ueshiba: a verdadeira vitória é a vitória sobre si mesmo
Morihei Ueshiba (1883-1969), o criador do Aikido, também era mestre do Judô, Kendô e Jujutsu. Também foi o fundador da Aikikai, a Fundação que promove desde o final da segunda guerra mundial o Aikido pelo mundo.
Um dos fundamentos do Aikido é a não-violênica, o não atacar. Só o fato de você querer dar o primeiro golpe em alguém já significa treinamento insuficiente.
Isso também quer dizer que o único oponente, ou inimigo, é a própria pessoa.
Assim, a verdadeira vitória é a autovitória, a vitória sobre si mesmo, no presente, contra os inimigos internos.
Os mais perigosos, na visão de Ueshiba, são: o medo, a raiva, a confusão, a dúvida e o desespero.
Quando conseguirmos superar esses adversários de nossa paz interior, estaremos prontos para superar qualquer ataque exterior, pelo simples fato de que não estaremos mais expostos a eles e saberemos evitá-los, assim como os vencemos internamente.
***
Para obter mais informações sobre Mestre Ueshiba, recomendo a vocês dois livros excelentes sobre o Caminho do Guerreiro: Segredos do Budo, de John Stevens, e Três Mestres do Budo, do mesmo autor, ambos pela Editora Cultrix.
***
A relação de oponentes internos criada pelo grande Mestre, a serem superados por qualquer ser humano, e não apenas pelos seguidores do Caminho do Guerreiro, foi ampliada por um discípulo de Mestre Ueshiba, o Dr. Austro Queiroz, fundador/conceptor do Zen Budo: o Dr. Queiroz criou o Jogo do PAS, que é o Programa de Auto-Superação. Nele, há dez passos a serem percorridos para se chegar à Paz Interior. Os 9 primeiros passos desses dez podem ser também vistos como inimigos internos a serem vencidos. Embora estejam numa ordem diferente da fornecida pelo Mestre japonês, neste jogo os cinco primeiros passos são os mesmos:
1. medo,
2. raiva,
3. dúvida,
4. confusão,
5. desespero,
6. alienação,
7. demência,
8. exaustão,
9. morte,
10. renascimento.
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Você também pode acessar o Jogo do PAS pelo Blog do Jogo do PAS.
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Um dos fundamentos do Aikido é a não-violênica, o não atacar. Só o fato de você querer dar o primeiro golpe em alguém já significa treinamento insuficiente.
Isso também quer dizer que o único oponente, ou inimigo, é a própria pessoa.
Assim, a verdadeira vitória é a autovitória, a vitória sobre si mesmo, no presente, contra os inimigos internos.
Os mais perigosos, na visão de Ueshiba, são: o medo, a raiva, a confusão, a dúvida e o desespero.
Quando conseguirmos superar esses adversários de nossa paz interior, estaremos prontos para superar qualquer ataque exterior, pelo simples fato de que não estaremos mais expostos a eles e saberemos evitá-los, assim como os vencemos internamente.
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Para obter mais informações sobre Mestre Ueshiba, recomendo a vocês dois livros excelentes sobre o Caminho do Guerreiro: Segredos do Budo, de John Stevens, e Três Mestres do Budo, do mesmo autor, ambos pela Editora Cultrix.
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A relação de oponentes internos criada pelo grande Mestre, a serem superados por qualquer ser humano, e não apenas pelos seguidores do Caminho do Guerreiro, foi ampliada por um discípulo de Mestre Ueshiba, o Dr. Austro Queiroz, fundador/conceptor do Zen Budo: o Dr. Queiroz criou o Jogo do PAS, que é o Programa de Auto-Superação. Nele, há dez passos a serem percorridos para se chegar à Paz Interior. Os 9 primeiros passos desses dez podem ser também vistos como inimigos internos a serem vencidos. Embora estejam numa ordem diferente da fornecida pelo Mestre japonês, neste jogo os cinco primeiros passos são os mesmos:
1. medo,
2. raiva,
3. dúvida,
4. confusão,
5. desespero,
6. alienação,
7. demência,
8. exaustão,
9. morte,
10. renascimento.
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Você também pode acessar o Jogo do PAS pelo Blog do Jogo do PAS.
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sábado, 16 de janeiro de 2010
Alfred Webre: despertando para uma era de luz e amor
Alfred Webre, Juiz Internacional da Corte de Kuala Lumpur, ex-assessor do Presidente Jimmy Carter (1977) e Presidente de Exopolítica, fala sobre a humanidade, nossas almas, multidimensionalidade, interdimensionalidade, extra-terrestres, luz e amor, escuridão, cérebro reptiliano, vaticano, corrupção, Rothschilds, Rockefellers, Bush (senior e junior), Obama, Império Romano, dinheiro, poder, urânio radioativo, viagens no tempo, Gripe A, Sionistas, visão remota, Unidade Cósmica e o destino da humanidade e do planeta terra numa entrevista concedida na Espanha.
Assistam a esta importantíssima entrevista neste vídeo (ele fala em espanhol, de uma maneira bem pausada e fácil de entender para falantes de português):
Entrevista Alfred Webre from Manel Macià on Vimeo.
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Assistam a esta importantíssima entrevista neste vídeo (ele fala em espanhol, de uma maneira bem pausada e fácil de entender para falantes de português):
Entrevista Alfred Webre from Manel Macià on Vimeo.
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Medo, fobia ou simples paranoia?
Estava lendo um artigo sobre a diferença entre medo, fobia e pânico, chamado Você tem medo de quê?.
Nesse artigo, os especialistas descrevem o medo, que dizem ser natural, que gera o processo clássico de luta ou fuga. Como essas reações eram naturais em contextos antigos, elas hoje provocam simplesmente o estresse, pois não estamos mais num ambiente em que podemos sempre lutar ou fugir. Ou seja, hoje nós racionalizamos isso, e na maioria dos casos não conseguimos resolver o problema, nos tornando pessoas estressadas pelo acúmulo de reações controladas de luta ou fuga.
Eles também descrevem na mesma matéria as fobias, como um medo aumentado, mas sem a causa do medo, ou seja, é uma reação sem objeto, que aparece apenas como um fantasma de algo que aconteceu em algum momento do passado.
Para dizer de maneira bem direta, uma fobia é uma paranoia, um medo gerado pela memória de um momento traumático vivido numa realidade que não existe mais. É como um programa que fica rodando automaticamente toda vez que se aperta determinada tecla.
E depois disso tudo vem o pânico, que é uma reação extrema totalmente irracional advinda de uma paranóia. Tanto que podemos sempre dizer que temos medo de algo (o objeto do medo é identificável), mas não pânico de algo. Pânico é pânico, não tem razão causal ou racional de acontecer. Mas acontece. Nessa hora, assim como nas fobias, a única coisa possível de se fazer é respirar fundo, inspirando e expirando pausadamente, para poder botar os nervos no lugar, focalizando mais a expiração do que a inspiração, pois temos mais excesso de ar do que falta dele.
Posso dizer isso de cadeira, pois já passei pelo pânico algumas vezes, e literalmente só a busca de calma através da respiração me salvou.
Para mim, os aspectos mais importantes desse processo é entender que uma fobia é uma memória passada, um programa, que se apresenta no presente como paranoia, ou seja, medo de que vá se repetir (é o passado gerando o futuro, e tirando a pessoa do presente). Por isso é preciso lembrar que isso é irreal, pois o que passou é passado, não vai se repetir. É mais importante trabalhar esta ideia, ou seja, focar o presente, e verificar no contexto presente que ele não tem mais a causa do passado.
E trabalhar a respiração, que é um exercício físico/fisiológico que nos mantém no presente. A RESORI, ou Respiração Original é um excelente método para isso.
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Nesse artigo, os especialistas descrevem o medo, que dizem ser natural, que gera o processo clássico de luta ou fuga. Como essas reações eram naturais em contextos antigos, elas hoje provocam simplesmente o estresse, pois não estamos mais num ambiente em que podemos sempre lutar ou fugir. Ou seja, hoje nós racionalizamos isso, e na maioria dos casos não conseguimos resolver o problema, nos tornando pessoas estressadas pelo acúmulo de reações controladas de luta ou fuga.
Eles também descrevem na mesma matéria as fobias, como um medo aumentado, mas sem a causa do medo, ou seja, é uma reação sem objeto, que aparece apenas como um fantasma de algo que aconteceu em algum momento do passado.
Para dizer de maneira bem direta, uma fobia é uma paranoia, um medo gerado pela memória de um momento traumático vivido numa realidade que não existe mais. É como um programa que fica rodando automaticamente toda vez que se aperta determinada tecla.
E depois disso tudo vem o pânico, que é uma reação extrema totalmente irracional advinda de uma paranóia. Tanto que podemos sempre dizer que temos medo de algo (o objeto do medo é identificável), mas não pânico de algo. Pânico é pânico, não tem razão causal ou racional de acontecer. Mas acontece. Nessa hora, assim como nas fobias, a única coisa possível de se fazer é respirar fundo, inspirando e expirando pausadamente, para poder botar os nervos no lugar, focalizando mais a expiração do que a inspiração, pois temos mais excesso de ar do que falta dele.
Posso dizer isso de cadeira, pois já passei pelo pânico algumas vezes, e literalmente só a busca de calma através da respiração me salvou.
Para mim, os aspectos mais importantes desse processo é entender que uma fobia é uma memória passada, um programa, que se apresenta no presente como paranoia, ou seja, medo de que vá se repetir (é o passado gerando o futuro, e tirando a pessoa do presente). Por isso é preciso lembrar que isso é irreal, pois o que passou é passado, não vai se repetir. É mais importante trabalhar esta ideia, ou seja, focar o presente, e verificar no contexto presente que ele não tem mais a causa do passado.
E trabalhar a respiração, que é um exercício físico/fisiológico que nos mantém no presente. A RESORI, ou Respiração Original é um excelente método para isso.
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domingo, 3 de janeiro de 2010
Como levar a vida em paz
Yamamoto Tsunetomo, grande samurai do século 18, escreveu o Hagakure, que é o Livro do Samurai que nos entrega os ensinamentos do Caminho do Guerreiro. Estes escritos dele foram produzidos depois que se retirou da vida de vassalo, quando seu senhor feudal morreu e a nova legislação proibia aos samurais de cometerem seppuku (suicídio ritual conhecido popularmente como harakiri). A partir daí ele levou uma vida reservada, de monge.
No capítulo II, pág. 103, da edição da Conrad, ele nos ensina:
"A vida do ser humano é realmente curta. A melhor maneira de viver é levar a vida fazendo o que você gosta. É tolice passar a vida toda envolvido pela ilusão que é este mundo, vendo coisas desagradáveis e fazendo apenas coisas de que não gosta. Mas é importante não dizer isso aos jovens, pois seria prejudicial se não fosse compreendido corretamente.
Quanto a mim, gosto de dormir. Pretendo me confinar cada vez mais dentro do meu quarto e passar a vida dormindo."
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No capítulo II, pág. 103, da edição da Conrad, ele nos ensina:
"A vida do ser humano é realmente curta. A melhor maneira de viver é levar a vida fazendo o que você gosta. É tolice passar a vida toda envolvido pela ilusão que é este mundo, vendo coisas desagradáveis e fazendo apenas coisas de que não gosta. Mas é importante não dizer isso aos jovens, pois seria prejudicial se não fosse compreendido corretamente.
Quanto a mim, gosto de dormir. Pretendo me confinar cada vez mais dentro do meu quarto e passar a vida dormindo."
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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
PARA REFLETIR NO ANO NOVO – O MEDO DA MORTE
A morte sempre nos aparece como uma figura assustadora: ela é a ceifeira de vidas, ela decompõe os corpos, ela desfaz tudo o que existia. Geralmente vista como uma caveira, vestida de negro, empunhando uma foice, essa figura horrenda não deveria nos assustar tanto.
Todo final de ano e início de um ano novo é também uma espécie de morte e renascimento. Nesse intermezzo entre dezembro e março, temos tempo para refletir no que queremos semear em nossas vidas e no que deve ser ceifado. Nem sempre “morrer” significa decompor-se.
Ás vezes é necessário morrer para o passado, por exemplo. Porém, essa situação de transição entre o que passou e o que ainda não veio muitas vezes nos atemoriza, nos apavora, e aí, nos prendemos áquilo que deveríamos largar em nossas vidas.
Dou um exemplo de “morte psíquica” ou emocional, como queiram, que aconteceu comigo, alguns anos atrás. Eu estava apaixonada por um rapaz que não correspondia aos meus sentimentos. Até o dia que entendi que não havia nada a fazer, ele realmente NÃO me amava nem um pouco. Neste dia, fui para a praia, em busca de consolo. Lá encontrei o mar e uma lição de vida:
Observando as águas do mar, me dei conta que nossas vidas são como ondas, elas iniciam, têm um ciclo de crescimento e depois se desvanecem em espuma. Ao fitar as ondas, dei-me conta que TUDO na vida é cíclico e mutável, inclusive os relacionamentos.
Porém, as ondas viram espuma mas continuam sendo água, continuam infinitamente sua jornada Oceano adentro. Da mesma maneira nós continuamos nossa jornada Eternidade adentro, mesmo depois de nossa passagem pela Terra ter se encerrado. Nunca deixamos de pertencer ao Cosmos, nunca deixamos de estar junto á energia inteligente que tudo rege, que alguns chamam Deus, outros, Força Cósmica.
Enfim, somos parte da Criação Infinita e sempre seremos este ponto de luz no Cosmos. Ao dar-me conta disso olhando para o Oceano, entendi que precisava me libertar daquela paixão do passado e seguir adiante em direção ao futuro. Entendi que tudo na vida é transitório, inclusive o sofrimento e o amor não correspondido, e neste instante, senti uma grande libertação tomando conta de minha alma.
A Alegria tomou conta de meus poros, eu respirei aliviada e chorei de emoção ao entender que um novo ciclo se iniciava em minha vida. Agora, caro leitor, eu passo essa lição que entendi muito mais com o espírito do que com o intelecto, a você que lê este texto. Não precisamos temer a morte, pois ela é uma passagem para um novo ciclo de vida e não um corte drástico e dramático com tudo o que existe!
Na realidade, devemos deixar morrer tudo o que já não serve mais para nossas vidas: sejam sentimentos, crenças, apegos, formas de pensar o mundo e a nossa jornada nesta terra. Devemos permitir o nascimento do que existe de melhor em nós, de nossa libertação dos apegos e sofrimentos, de nosso passado.
O Ano- Novo e os meses de férias deveriam ser o espaço para renascermos em nós mesmos, para nos “parirmos” uma segunda vez. Devemos olhar para o que desejamos no futuro e como podemos soltar as amarras do passado, sejam elas emocionais ou não. Desfazer os nós que nos prendem ao sofrimento é uma tarefa árdua mas digna. Devemos buscar através da coragem de enfrentar o desconhecido, a superação das angústias passadas.
O medo não serve a nada nem a ninguém e apenas nos paralisa no tempo. Por isso é tão importante entender a morte do passado não como uma fonte de temores, mas como uma porta aberta á nossa felicidade futura. Certa vez um homem perguntou a Buda sobre como seria seu futuro. Buda respondeu: olha para o teu presente e verás o teu futuro. Por isso, não devemos temer o futuro,mas semear no presente tudo o que queremos colher adiante.
Devemos seguir a lição de Buda: viver o presente com plenitude, não nos apegarmos aos desejos, deixar que a vida se mostre transitória e entendê-la como eterno movimento, deixar-nos fluir com a vida. Eu também tive uma lição sobre budismo aquele dia em que fui á praia: era mais fácil deixar-me seguir com o fluxo das ondas do que ir de encontro ás águas e querer “pular” as ondas que batiam em meu corpo e me desestabilizavam.
A vida segue um fluxo, um movimento, devemos deixar-nos seguir nesse fluxo, sem ter desejos contrários, sem querer fazer tudo a nosso modo. Ás vezes somos ignorantes em relação a nós mesmos, ao curso de nossas vidas. Nessas horas devemos ter um pouco de humildade, saber que o Destino também faz parte de nossa história pessoal e permitir como na Bíblia que a Vontade do Pai seja feita.
Muitas vezes rezamos e dizemos: “Seja feita a Tua Vontade.” Mas não nos damos conta do que isso significa. Essa prece significa que há, além de nossos desejos pessoais, uma inteligência que não controlamos, e seguir os rumos que a vida nos traz é submeter-se a essa inteligência cósmica. Como alguém já disse e eu volto ao clichê, “nada ocorre por acaso”. Por isso, deixemos que a vida siga seu curso e libertemo-nos das amarras do passado. Aproveitemos o Ano Novo para deixar nascer em nós a coragem de sermos felizes e enterrarmos os sofrimentos que não mais condizem com o nosso presente.
Lívia Petry
29.12.09
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Todo final de ano e início de um ano novo é também uma espécie de morte e renascimento. Nesse intermezzo entre dezembro e março, temos tempo para refletir no que queremos semear em nossas vidas e no que deve ser ceifado. Nem sempre “morrer” significa decompor-se.
Ás vezes é necessário morrer para o passado, por exemplo. Porém, essa situação de transição entre o que passou e o que ainda não veio muitas vezes nos atemoriza, nos apavora, e aí, nos prendemos áquilo que deveríamos largar em nossas vidas.
Dou um exemplo de “morte psíquica” ou emocional, como queiram, que aconteceu comigo, alguns anos atrás. Eu estava apaixonada por um rapaz que não correspondia aos meus sentimentos. Até o dia que entendi que não havia nada a fazer, ele realmente NÃO me amava nem um pouco. Neste dia, fui para a praia, em busca de consolo. Lá encontrei o mar e uma lição de vida:
Observando as águas do mar, me dei conta que nossas vidas são como ondas, elas iniciam, têm um ciclo de crescimento e depois se desvanecem em espuma. Ao fitar as ondas, dei-me conta que TUDO na vida é cíclico e mutável, inclusive os relacionamentos.
Porém, as ondas viram espuma mas continuam sendo água, continuam infinitamente sua jornada Oceano adentro. Da mesma maneira nós continuamos nossa jornada Eternidade adentro, mesmo depois de nossa passagem pela Terra ter se encerrado. Nunca deixamos de pertencer ao Cosmos, nunca deixamos de estar junto á energia inteligente que tudo rege, que alguns chamam Deus, outros, Força Cósmica.
Enfim, somos parte da Criação Infinita e sempre seremos este ponto de luz no Cosmos. Ao dar-me conta disso olhando para o Oceano, entendi que precisava me libertar daquela paixão do passado e seguir adiante em direção ao futuro. Entendi que tudo na vida é transitório, inclusive o sofrimento e o amor não correspondido, e neste instante, senti uma grande libertação tomando conta de minha alma.
A Alegria tomou conta de meus poros, eu respirei aliviada e chorei de emoção ao entender que um novo ciclo se iniciava em minha vida. Agora, caro leitor, eu passo essa lição que entendi muito mais com o espírito do que com o intelecto, a você que lê este texto. Não precisamos temer a morte, pois ela é uma passagem para um novo ciclo de vida e não um corte drástico e dramático com tudo o que existe!
Na realidade, devemos deixar morrer tudo o que já não serve mais para nossas vidas: sejam sentimentos, crenças, apegos, formas de pensar o mundo e a nossa jornada nesta terra. Devemos permitir o nascimento do que existe de melhor em nós, de nossa libertação dos apegos e sofrimentos, de nosso passado.
O Ano- Novo e os meses de férias deveriam ser o espaço para renascermos em nós mesmos, para nos “parirmos” uma segunda vez. Devemos olhar para o que desejamos no futuro e como podemos soltar as amarras do passado, sejam elas emocionais ou não. Desfazer os nós que nos prendem ao sofrimento é uma tarefa árdua mas digna. Devemos buscar através da coragem de enfrentar o desconhecido, a superação das angústias passadas.
O medo não serve a nada nem a ninguém e apenas nos paralisa no tempo. Por isso é tão importante entender a morte do passado não como uma fonte de temores, mas como uma porta aberta á nossa felicidade futura. Certa vez um homem perguntou a Buda sobre como seria seu futuro. Buda respondeu: olha para o teu presente e verás o teu futuro. Por isso, não devemos temer o futuro,mas semear no presente tudo o que queremos colher adiante.
Devemos seguir a lição de Buda: viver o presente com plenitude, não nos apegarmos aos desejos, deixar que a vida se mostre transitória e entendê-la como eterno movimento, deixar-nos fluir com a vida. Eu também tive uma lição sobre budismo aquele dia em que fui á praia: era mais fácil deixar-me seguir com o fluxo das ondas do que ir de encontro ás águas e querer “pular” as ondas que batiam em meu corpo e me desestabilizavam.
A vida segue um fluxo, um movimento, devemos deixar-nos seguir nesse fluxo, sem ter desejos contrários, sem querer fazer tudo a nosso modo. Ás vezes somos ignorantes em relação a nós mesmos, ao curso de nossas vidas. Nessas horas devemos ter um pouco de humildade, saber que o Destino também faz parte de nossa história pessoal e permitir como na Bíblia que a Vontade do Pai seja feita.
Muitas vezes rezamos e dizemos: “Seja feita a Tua Vontade.” Mas não nos damos conta do que isso significa. Essa prece significa que há, além de nossos desejos pessoais, uma inteligência que não controlamos, e seguir os rumos que a vida nos traz é submeter-se a essa inteligência cósmica. Como alguém já disse e eu volto ao clichê, “nada ocorre por acaso”. Por isso, deixemos que a vida siga seu curso e libertemo-nos das amarras do passado. Aproveitemos o Ano Novo para deixar nascer em nós a coragem de sermos felizes e enterrarmos os sofrimentos que não mais condizem com o nosso presente.
Lívia Petry
29.12.09
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