quinta-feira, 14 de junho de 2012

Super compêndio de música para relaxamento

São mais de 5 horas de música tocada em piano, dos seguintes compositores: Chopin, Schubert, Brahms, Beethoven, Grieg e outros:

quinta-feira, 29 de março de 2012

O Perdão é a Cura para o Medo

Como nos lembra o Dr. Austro Queiroz, O Perdão é a Cura para Todos os Males. Isso porque o medo é a causa de todos os males. Logo, quem puder curar-se do medo estará curado, automaticamente, de todos os males.

Culpa, Medo, Ódio


É um conceito muito conhecido de praticamente todo mundo é o de "Pecado original", que atesta que todo ser vivente vem à Terra maculado pelo "erro" que Adão e Eva teriam cometido no Paraíso, ao provarem do fruto da Árvore do Bem e do Mal.

Na verdade este "pecado original" não é como uma dívida que passa de geração a geração como uma herança maldita. Trata-se, isso sim, do sentimento de culpa que mantemos em nosso inconsciente no decorrer das incontáveis encarnações pelas quais venhamos a passar.

A briga com Deus


Tal culpa provém de que em um dado momento nós nos acreditamos separados de Deus. Isto é um delírio, pois é impossível separar-se de Deus, ou Deus não seria Deus.

Contudo, a alma se crê em separação, e isto gera a culpa. A culpa logo vira medo do julgamento divino (mas convém dizer que Deus não julga, pois julgamento não é uma característica de Sua Perfeição; quem julga é o ego). E para tentar aliviar a culpa e o medo inconscientes a alma passa a projetá-los na forma de ódio (e suas diversas manifestações, como agressão, julgamento, etc) sobre o outro e sobre Deus.

Só o perdão cura a culpa


Até que nos conscientizemos de que realmente não existe o outro, uma vez que somos todos Um só, viveremos cada instante de nossa vida acreditando que cometemos erros contra nossos semelhantes, ou contra Deus (o que gera culpa) ou que cometeram erros contra nós (o que gera ódio).

A única maneira de sair desse ciclo vicioso milenar é perdoando.

Em última análise, perdoando a si mesmo, mas querer abreviar o processo que necessariamente implica perdoar o outro seria uma forma risível de tentar trapacear com a Salvação.

O perdão é uma atitude mental


Assim como outras, perdoar é uma atitude que requer prática, que leva à perfeição.

Tanto uma criança não nasce sabendo falar e precisa aprender, e no começo ela mal consegue balbuciar sílabas soltas, quanto precisamos aprender a perdoar, e o começo pode ser bastante difícil.

No fundo todos são inocentes


Se desistirmos de achar que o mundo é real, quando na verdade ele não é mais do que um sonho, vamos constatar que todo e qualquer ser é um inocente que precisa perdoar e perdoar-se pelo que não fez (separar-se de Deus, embora o ego queira que você pense que está separado e que será punido por isso a não ser que arranje um bode expiatório que assuma a sua culpa inconsciente).

Mas como na verdade o Filho nunca se separou do Pai, este pecado que provoca tanta culpa não existiu. E tampouco o que percebemos como universo sequer um dia existiu.

E se o universo não existe, tudo é apenas um delírio,

A recompensa será divina


A prática do perdão continuado e irrestrito, incondicional, é a consequente Expiação de toda culpa incondicional, que leva ao bem estar e à paz constantes.

Perdoar o outro é perdoar a si mesmo.




Não deixe de ler:

  1. A Experiência do Medo no Caminho de Volta à Inocência

  2. O Medo da Origem é o Mal

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Vídeo 8: Os Cinco Ensinamentos de Dawa Gyaltsen



***
Texto do Video 8 - Conclusão

Assim, esta é a última parte, a conclusão dos Ensinamentos Quíntuplos de Dawa Gyaltsen.

Espero que para aqueles de vocês que os seguiram desde o principio até o fim, eles farão sentido.

Para aqueles de vocês que estejam vendo somente este seguimento, provavelmente ele não fará sentido.

Assim a recomendação é que retornem e vejam desde a parte um até a conclusão.

Faça a prática por tanto tempo quanto ela seja confortável e sinta que tem algo de resultado na prática antes de avançar até a segunda parte da prática.

Para aquele de vocês que fizeram a prática, podem ver que o benefício da prática é sentir realmente muito mais alegria na própria vida, muito mais significado na própria vida, e também encontrar uma solução para sair de situações nas quais você não deseja estar, como quando se sente

totalmente confuso, ou sentindo depressão, ou algo assim.

Você sabe que não tem que sentar aí.

Você tem um método, um meio para superar isso.

Pense nisso.

Em qualquer momento em que você se sinta deprimido, perdido, confuso, simplesmente pense sobre isto: você não tem que se sentar nesse lugar horas a fio.

Você não tem que sentar aí nem sequer por uma hora.

Você não tem que sentar aí e ir dormir a partir desse lugar.

Você não tem que fazer isso.

Porque você tem uma prática.

Assim, confia na prática.

Reze e faça a prática.

Pode ser que seja mais difícil algumas vezes, mas se confiar e continuar, isso vai mudar com certeza.

Desse modo, enfaticamente recomendo que confie em você mesmo, e que confie na prática.

Como parte da conclusão talvez diga apenas umas poucas palavras.

Sabe que temos estado trabalhando com o medo e todas as emoções negativas, dor e confusão relacionadas ao medo.

Naturalmente, você não tem que trabalhar somente com o medo.

O medo é uma emoção fundamental, subjacente, uma emoção subjacente a todos os cinco venenos.

Mas você pode trabalhar com qualquer um dos cinco venenos.

Por exemplo, vamos dar o exemplo de trabalhar com a raiva.

Quando você está realmente se sentindo com raiva, a raiva claramente tem um objeto.

E muito frequentemente é alguém, alguém que lhe decepcionou.

Desse modo, se você olhar para essa pessoa, essa é uma visão.

E essa é uma pessoa que está em sua cabeça, de quem você está com raiva.

Essa pessoa está em sua cabeça.

Essa pessoa não está lá fora.

Se a pessoa estivesse lá fora, então cada individuo deveria odiar essa pessoa.

Mas esse não é o caso.

Seu inimigo é o pai de alguém, um amigo amoroso de alguém, e alguém confiará naquela pessoa.

Alguém se preocupará com essa pessoa.

Alguém vai pensar maravilhas sobre aquela pessoa.

Muitas outras pessoas têm outro tipo de visão dessa pessoa.

Mas você acontece de ter uma visão cármica individual dessa pessoa.

E isso está em sua cabeça.

Assim, você olha para essa visão, e somente diga: “Visão é mente”.

Visão é mente.

Internamente ... olha essa imagem e diga simplesmente: “Visão é mente”.

Exatamente da mesma forma que fizemos com o medo, repita a mesma coisa.

Você percebe que essa pessoa não está aí.

E isso libera algo, provavelmente em nossa mente, nosso cérebro, em nosso corpo, de alguma forma isso libera certa energia que lhe faz sentir muito mais leve em relação a essa pessoa.

Desse modo, é possivel trabalhar com qualquer emoção; quando se trabalha com qualquer emoção,

quando se clarifica o objeto dessa emoção, se clarifica o sujeito dessa emoção, clarifica o espaço,

abertura, clarifica a consciência, e se tambem você é capaz de experimentar a união dessa consciência e abertura, então, o antídoto dessa emoção tem uma melhor chance de surgir.

Se você está trabalhando com a raiva, quando você sente que não há objeto para a raiva, e quando sente que não há realmente um sujeito que está com raiva, e sente que há um espaço lá fora, e sente que existe consciência dentro, e sente que você tem certa familiaridade e conexão e percepção

dessa consciência, isso naturalmente dará nascimemto ao amor.

Que significa isso?

Isso significa que você simplesmente sentirá mais amor, não um amor que você tentará ter de maneira forçada, mas o amor que sem esforço se manifestará no momento certo, na situação certa, porque não existem bloqueios aí.

Desse modo, como conclusão, somente quero dizer que este é um ensinamento muito precioso.

E é claro que alguma pessoa poderá dizer que isto é demasiado para fazer no youtube.

Mas toda língua tem limitações, toda experiência tem limitações.

E aqueles que estão destinados a entender, entenderão.

E aqueles que não estão destinados a entender, a Dakini manterá isto em secredo, e não poderão entender.

Não importa o quanto assistam.

E aqueles que estão destinados a entender, estou certo que vocês se conectarão, e terão alguma percepção e se beneficiarão dele.

Esta é minha prece.

Obrigado.

Vídeo 7: Os Cinco Ensinamentos de Dawa Gyaltsen



***
Texto do Vídeo 7 – União é Grande Gozo

Assim, esta é a última parte do ensinamento em 5 partes de Dawa Gyaltsen.

A linha é: “União é grande gozo”.

Se você observa nossa vida, todo dia em nossa vida, faz muito sentido.

Em qualquer momento em que somos capazes de nos conectar, isso nos faz sentir bem.

Quando você é capaz de conectar-se consigo mesmo, isso lhe faz sentir bem; quando você consegue se conectar com alguém, outra pessoa, isso faz bem; e lhe faz sentir bem, as pessoas têm uma relação... um dos pontos principais de uma relação é tentar fazer uma conexão em um nível físico, em um nível emocional, em um nível espiritual.

Em qualquer tempo, qualquer nível de conexão que você seja capaz de fazer, isso lhe faz sentir bem.

Quanto mais profunda for a conexão que você for capaz de fazer, melhores serão os sentimentos e menos dependentes das circunstancias externas.

Assim, muitas vezes isto é muito verdadeiro.

Se você está numa relação e é capaz de estabelecer somente uma relação física, isso é uma coisa.

Uma relação espiritual, uma relação mais centrada no coração, é uma outra experiência.

As conexões são fundamentais na vida humana.

As crianças não podem crescer apropriadamente a menos que exista uma conexão emocional com os pais, em particular uma conexão de amor.

Assim da mesma forma: “União é grande gozo”.

A união é sobre a conexão.

Assim, com conexão, ou através da conexão, muitas experiências surgem.

Muitas experiências, belas experiências.

Desse modo, a conexão entre a abertura e a consciência, quando essa conexão é desperta, quando essa conexão é familiar, quando essa conexão é absolutamente equilibrada, então a qualidade surge.

De outra forma você pode pensar: “Bem, posso descansar no vazio, mas o que isso vai fazer comigo?

Como vou ser feliz, somente descansando no vazio”?

Bem, somente descansar no vazio talvez não lhe faça se sentir feliz, mas se está descansando no estado inseparável de vazio e luz clara, isso lhe fará feliz.

Por exemplo: o exemplo seria quando você não sente nada em sua vida.

As pessoas se sentem perdidas, não reconhecidas, não queridas.

Rejeição, isolamento.

Quando se sente assim, que é isso? O que está sentindo?

Está se sentindo desconectado.

Está se sentindo desconectado de sua família; está se sentindo desconectado de seus colegas; está se sentindo desconectado de seus amigos e está se isolando.

E com sua desconexão, quando você se familiariza com essa desconexão, e quando reside nela, aí é quando começa a sentir dor e depressão.

Ao contrário, quando você sente conexão com essa abertura interna, conexão com essa luz interna e se familiariza com esse estado inseparável, ele dará à luz a esperança.

Dará nascimento aos quatro incomensuráveis e às dez prajnaparamitas (sabedoria perfeita).

Dará nascimento a todas as incontáveis qualidades iluminadas.

Desse modo, em nossas pequenas experiências de meditação, nessas cinco partes, lembre-se, regressamos à primeira parte, onde temos estado trabalhando com o medo.

Você não encontrou o objeto do medo; não encontrou o sujeito do medo.

Você encontrou uma abertura; encontrou uma luz dentro de si mesmo.

Você se tornou mais familiarizado com essa abertura e luz.

E se continuamente descansa nessa união, nessa conexão, o que se manifestará a partir desse lugar?

A esperança se manifestará, porque você tem estado trabalhando com o medo.

Você manifestará alegria relacionada a essa esperança, porque tem trabalhado com a dor relacionada a esse medo.

Chegará de maneira natural.

Simplesmente você tem que confiar.

A razão pela qual estou dizendo confiar é porque estas práticas são algo que você nunca escutou antes.

Você nunca fez isso em sua vida.

Você simplesmente tem que confiar um pouquinho antes de ter a experiência.

E uma vez que tenha a experiência, você confia na própria experiência.

Você não tem que confiar ou depender da explicação de ninguém mais.

Desse modo, simplesmente - eu creio que é importante aqui - confia nessa experiência e repousa nessa experiência uma vez mais, a experiência desse estado inseparável de abertura e consciência, tanto como seja possível.

E gradualmente permita – e esta é a palavra aqui - não faça, apenas permita - a esperança.

Permita a alegria.

Permita suas qualidades internas.

Porque você está pronto para dar nascimento, está pronto para transformar, está pronto para mudar.

Porque você tem suficiente familiaridade nesse espaço da união de abertura e consciência.

E o êxtase virá desse lugar.

Desse modo, o exemplo de “União é grande gozo” é como ... o vasto céu claro e a cálida e luminosa luz do sol.

A união dessa luz do sol luminosa e cálida e o vasto céu dá nascimento a muitos elementos – a terra, a água, o fogo.

Todos os elementos naturais vem a existir.

E desses elementos naturais, então imagina as árvores frutíferas; e imagina nesse céu claro a calidez desse sol tocando essas árvores, tocando esses frutos.

E gradualmente devido a esse céu claro, devido ao calor do sol, esses frutos amadurecem.

E o fruto é o êxtase, para aqueles que o necessitam.

Desse modo esse é o exemplo.

A alegria, a alegria interna, é o fruto que amadureceu com o calor da consciência nesse vasto céu.

Vídeo 6: Os Cinco Ensinamentos de Dawa Gyaltsen



***
Vídeo 6 – Luz Clara é União

Eis a quarta parte dos ensinamentos de Dawa Gyaltsen.

Iniciamos por “visão é mente”, “mente é vazio”,

“vacuidade é luz clara”, “luz clara é união”.

Parte quatro é, isto é, “Luz Clara é União”, que é como uma resposta, mas a pergunta é: “o que é luz clara?”

Nossa experiência foi trabalhar com o medo, as dores e as emoções relacionadas com o medo.

Olhamos para o objeto do medo e não pudemos achar nada.

Essa é a nossa visão.

Então nos damos conta: é apenas a mente que restou.

Parte um.

E na parte dois nós buscamos “o que é a mente?”

Olhamos mais de perto e não pudemos encontrar nada com a mente.

A mente simplesmente está vazia.

E na parte três nos perguntamos: “O que é esse vazio?”

Vacuidade não é apenas vazio, não é um nada.

Justamente está cheio de vida, de consciência: “Vacuidade é Luz Clara”.

E na quarta parte: “O que é essa Luz Clara?”

A resposta é: “Luz Clara é União”.

Assim, se você olhar para essa frase “Luz Clara é união”,

temos duas palavras: clara e luz.

“Clara” referindo-se à vacuidade, abertura;

“Luz” referindo-se à consciência, luminosidade.

Ambas não são qualidades separadas e tampouco são experiências separadas.

São apenas uma experiência.

É como sabedoria, sabedoria única, uma única esfera de totalidade.

É muito importante entender isto, porque muitas vezes, em nossas experiências, ou se cai no niilismo ou no eternalismo.

Como muitas doutrinas fazem isso, bem como muitos meditadores, quando praticam, o fazem.

Vou lhes dar um exemplo simples: se você está meditando, habitando na natureza da

mente, residindo naquele espaço interno, há dois possíveis obstáculos que podem ocorrer.

Um é cair no niilismo.

O que isso significa?

Significa que você se sente vazio e essa vacuidade produz entorpecimento.

Produz falta de força vital, de consciência e lhe coloca para dormir.

Essa é uma possibilidade. A de cair no niilismo.

A outra possibilidade no momento em que você se senta na natureza da mente, no momento em que

você se senta naquela meditação da vacuidade, que você se converta num indivíduo mais criativo.

Todas as coisas relacionadas ao trabalho emergem.

Sua criatividade emerge.

Seus pensamentos surgem, todas as suas emoções emergem.

Basicamente, a mente se torna mais ativa do que antes.

Por que?

Por que quando a pessoa se dispõe a descansar, a mente se torna mais ativa?

Simplesmente porque ela não tem as experiências daquele espaço.

Não tem conexão com aquela base.

Não tem conexão com aquela mãe, a mãe interna, a essência interna.

Portanto, está sentindo e encarando todos esses pensamentos e emoções não convidados.

Isso simplesmente acontece o tempo todo em nossa experiência.

Portanto, essa é exatamente a razão pela qual se diz “ Luz Clara é União”.

Luz Clara é União.

Assim, não apenas filosoficamente elas estão unidas ou são inseparáveis; espiritualmente é assim

que a pessoa deve experimentar isso.

Logo, nos estágios de desenvolvimento de nossa prática dos ensinamentos quíntuplos de Dawa

Gyaltsen, chegamos ao quarto estágio de experiência, onde, ao nos sentarmos naquele espaço

interior, devemos ter um equilíbrio completo dessa abertura e consciência.

Dessa vacuidade e dessa claridade.

Então, o estágio inseparável entre vacuidade e claridade é muito importante.

De forma que o repassaremos brevemente:

Ao olhar para os objetos do seu medo, a visão, você não vê nada.

Então você olha para quem está olhando; você olha para o sujeito do ego; você não encontra nada.

Aí você olha para quem está observando e não há nada também.

Você daí experimenta uma completa espacialidade internamente. Completa espacialidade.

E você está plenamente consciente disso.

E essa consciência não é diferente dessa abertura.

Essa abertura não é diferente daquela consciência.

Não há separação. É um estado inseparável.

E você descansa neste estado inseparável.

Sem elaborar, sem analisar, sem julgar, sem nada.

Você simplesmente descansa nesse estado inseparável interno de abertura e consciência.

Toda vez que há visões vindo, você trabalha com a primeira parte da prática.

Observa a visão.

Seja quando for que este sujeito esteja tomando controle, você pergunta com a parte dois da prática.

“O que é a mente?”

E então a mente se dissolverá, qualquer objeto se dissolverá e você estará de volta àquela mesma

consciência aberta, ao estado inseparável de abertura e consciência.

Você simplesmente repousa ali.

Como disse antes, descanse por cinco minutos. Se você está acostumado a sentar-se para praticar

por um tempo maior, descanse por meia hora, uma hora.

Mas sempre se lembre que sentar pouco e com clareza é melhor do que sentar por muito tempo e

entorpecido.

É importante familiarizar-se com este estado de clareza.

Porque, imagine em nossa vida comum, por quanto tempo convivemos com essas histórias de

medo, com as emoções do medo?

Por quantas horas, consciente e inconscientemente?

Há momentos em que estamos conscientes disto e momentos em que sequer nos damos conta, mas ainda estaremos aptos a habitar isso.

Assim, a habilidade de mudar um hábito a partir deste lugar para descansar naquele puro estado de inseparável abertura e consciência demandará certo tempo e familiaridade.

Bem, de qualquer modo, o ponto principal aqui é o de simplesmente tentar descansar naquele estado inseparável de abertura e consciência o tão clara e demoradamente que você conseguir.

Repita isto e tente estar mais familiarizado com isto tanto quanto seja possível.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Vídeo 5: Os Cinco Ensinamentos de Dawa Gyaltsen



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Vídeo 5 – O Vazio é Luz Clara

Então, a terceira parte dos ensinamentos de Dawa Gyaltsen é: Vazio É Luz Clara.

A primeira parte foi “Visão é Mente”; a segunda parte foi “Mente é Vazio” e agora temos “Vazio é

Luz Clara”.

Isso é como uma resposta.

A pergunta é: O que é o Vazio?

Em nossa experiência desta prática, nós estamos olhando para o medo, todas as visões e sofrimentos

do medo.

E quando olhamos de perto para elas, não encontramos nada como objeto.

Então olhamos para o sujeito, o que é a Mente?

Não pudemos encontrar nada sólido, nenhuma existência inerente à mente tampouco.

A mente é simplesmente vazia.

E o que é o vazio?

Esta é a busca que nós queremos fazer.

Na sua experiência, não encontrar nada do seu medo, seja interna ou externamente, não encontrar

este medo, ego, e quanto mais você olha de perto e de mais perto dentro, isso tudo apenas se

dissolve completamente, e se transforma em nada.

Basicamente você não encontra nada, nada, nada.

O que isso significa?

Significa que nada está lá, quando você experimenta este nada?

Você não encontra nada, não vê nada.

O que isso significa? É isso o nada?

Não!

E essa é exatamente a razão porque a terceira pergunta é muito importante.

Porque, muitas vezes, ainda que filosoficamente, muitas crenças e doutrinas caíram nesta visão

niilista, que significa que praticantes, em suas experiências, caíram na negação.

Basicamente, em um momento que eles não veem nada, dizem: - Ok, então não há nada.

Então, novamente eles vão, do mesmo modo, para um nada muito profundo.

E este nada pode também causar a depressão.

Rigidez, como os militares, dureza em seu corpo, sua respiração, seu comportamento.

Esta é uma questão muito importante.

É por isso que perguntamos: O que é esse vazio?

Então, Vazio é Luz Clara!

Vazio é Plenitude.

Esse vazio é a fonte de todas as qualidades.

Esse vazio, essa abertura é a solução.

Essa abertura é como uma mãe que dá a luz a uma criança.

Esse espaço é como a terra onde cresce toda a vegetação.

Esse espaço é como o céu, onde todas as estrelas e planetas existem.

A única maneira deles existirem, de conhecerem seu potencial em sua luminosidade, em sua energia

dinâmica, em seu aspecto dela.

Traduzindo de forma simples, na nossa própria experiência neste momento é a qualidade de

despertar, o despertar.

Não o nada, mas o despertar! Estar consciente disso.

Assim, na prática, quando você olha dentro disso, procurando a sua mente, você não encontra nada.

Este é o lugar onde deixamos nossa última prática: Eu não encontro nada.

Não há ego, não há eu, não há minha mente que eu possa identificar em um lugar.

Isso se tornou somente como um espaço.

Estar consciente disso!

Olhar essa consciência, sentir a consciência disso.

Essa consciência é como a luz do sol.

Se não há nuvens no céu, você olha através do céu claro para o sol, e então você vê a luminosidade

da luz do sol.

A ausência de nuvens ajuda a ver o céu, a presença do céu ajuda a ver a luminosidade do sol.

A ausência do medo, como visão, medo como sujeito, ajuda a ver nossa abertura, nossa abertura

interior.

A presença de nossa abertura interior ajuda a ver nossa consciência como luminosidade interior.

Você pode vê-la?

Pode senti-la?

Então, não é apenas um nada, é simplesmente um completo despertar, plena luz do sol.

Apenas esteja nesse alerta, nessa vivacidade.

Conecte-se com ela.

Assim, quanto mais você se conecta com essa consciência, menos chance você tem de cair no

niilismo, na negação.

Se você olhar, muitas vezes as pessoas fazem práticas sentadas, - eu visitei alguns lugares, alguns

grupos onde eles fazem a prática sentados, eu pude ver que eles estão em boas posições num

primeiro momento, e depois de, 10 minutos mais tarde, todos estão fazendo esta posição (pendendo

a cabeça sobre o peito).

O que é isso? Isso é não-consciência.

Isso é claramente yoga da posição de dormir.

Eles caíram no sono, e pensam que estão repousando na natureza da mente, ou sentados no vazio,

mas não estão.

Por quê?

Talvez, no começo, eles tenham tido uma experiência de vazio, e então, por falta de clareza, eles

caíram em entorpecimento, e esse entorpecimento os colocou em um sono profundo.

Eles não estão acordados, eles não são nem capazes de manter suas cabeças eretas.

Isso é um sinal de falta de consciência.

Assim, é muito importante não apenas ter uma experiência de esvaziamento na terceira prática, de

estar consciente desse esvaziamento, de estar nesse estado de consciência, e continuamente ir se

tornando familiarizado com essa consciência.