quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

PARA REFLETIR NO ANO NOVO – O MEDO DA MORTE

A morte sempre nos aparece como uma figura assustadora: ela é a ceifeira de vidas, ela decompõe os corpos, ela desfaz tudo o que existia. Geralmente vista como uma caveira, vestida de negro, empunhando uma foice, essa figura horrenda não deveria nos assustar tanto.

Todo final de ano e início de um ano novo é também uma espécie de morte e renascimento. Nesse intermezzo entre dezembro e março, temos tempo para refletir no que queremos semear em nossas vidas e no que deve ser ceifado. Nem sempre “morrer” significa decompor-se.

Ás vezes é necessário morrer para o passado, por exemplo. Porém, essa situação de transição entre o que passou e o que ainda não veio muitas vezes nos atemoriza, nos apavora, e aí, nos prendemos áquilo que deveríamos largar em nossas vidas.

Dou um exemplo de “morte psíquica” ou emocional, como queiram, que aconteceu comigo, alguns anos atrás. Eu estava apaixonada por um rapaz que não correspondia aos meus sentimentos. Até o dia que entendi que não havia nada  a fazer, ele realmente NÃO me amava nem um pouco. Neste dia, fui para a praia, em busca de consolo. Lá encontrei o mar e uma lição de vida:

Observando as águas do mar, me dei conta que nossas vidas são como ondas, elas iniciam, têm um ciclo de crescimento e depois se desvanecem em espuma. Ao fitar as ondas, dei-me conta que TUDO na vida é cíclico e mutável, inclusive os relacionamentos.

Porém, as ondas viram espuma mas continuam sendo água, continuam infinitamente sua jornada Oceano adentro. Da mesma maneira nós continuamos nossa jornada Eternidade adentro, mesmo depois de nossa passagem pela Terra ter se encerrado. Nunca deixamos de pertencer ao Cosmos, nunca deixamos de estar junto á energia inteligente que tudo rege, que alguns chamam Deus, outros, Força Cósmica.

Enfim, somos parte da Criação Infinita e sempre seremos este ponto de luz no Cosmos. Ao dar-me conta disso olhando para o Oceano, entendi que precisava me libertar daquela paixão do passado e seguir adiante em direção ao futuro. Entendi que tudo na vida é transitório, inclusive o sofrimento e o amor não correspondido, e neste instante, senti uma grande libertação tomando conta de minha alma.

A Alegria tomou conta de meus poros, eu respirei aliviada e chorei de emoção ao entender que um novo ciclo se iniciava em minha vida. Agora, caro leitor, eu passo essa lição que entendi muito mais com o espírito do que com o intelecto, a você que lê este texto. Não precisamos temer a morte, pois ela é uma passagem para um novo ciclo de vida e não um corte drástico e dramático com tudo o que existe!

Na realidade, devemos deixar morrer tudo o que já não serve mais para nossas vidas: sejam sentimentos, crenças, apegos, formas de pensar o mundo e a nossa jornada nesta terra. Devemos permitir o nascimento do que existe de melhor em nós, de nossa libertação dos apegos e sofrimentos, de nosso passado.

O Ano- Novo e os meses de férias deveriam ser o espaço para renascermos em nós mesmos, para nos “parirmos” uma segunda vez. Devemos olhar para o que desejamos no futuro e como podemos soltar as amarras do passado, sejam elas emocionais ou não. Desfazer os nós que nos prendem ao sofrimento é uma tarefa árdua mas digna. Devemos buscar através da coragem de enfrentar o desconhecido, a superação das angústias passadas.

O medo não serve a nada nem a ninguém e apenas nos paralisa no tempo. Por isso é tão importante entender a morte do passado não como uma fonte de temores, mas como uma porta aberta á nossa felicidade futura. Certa vez um homem perguntou a Buda sobre como seria seu futuro. Buda respondeu: olha para o teu presente e verás o teu futuro. Por isso, não devemos temer o futuro,mas semear no presente tudo o que queremos colher adiante.

Devemos seguir a lição de Buda: viver o presente com plenitude, não nos apegarmos aos desejos, deixar que a vida se mostre transitória e entendê-la como eterno movimento, deixar-nos fluir com a vida. Eu também tive uma lição sobre budismo aquele dia em que fui á praia: era mais fácil deixar-me seguir com o fluxo das ondas do que ir de encontro ás águas e querer “pular” as ondas que batiam em meu corpo e me desestabilizavam.

A vida segue um fluxo, um movimento, devemos deixar-nos seguir nesse fluxo, sem ter desejos contrários, sem querer fazer tudo a nosso modo. Ás vezes somos ignorantes em relação a nós mesmos, ao curso de nossas vidas. Nessas horas devemos ter um pouco de humildade, saber que o Destino também faz parte de nossa história pessoal e permitir como na Bíblia que a Vontade do Pai seja feita.

Muitas vezes rezamos e dizemos: “Seja feita a Tua Vontade.” Mas não nos damos conta do que isso significa. Essa prece significa que há, além de nossos desejos pessoais, uma inteligência que não controlamos, e seguir os rumos que a vida nos traz é submeter-se a essa inteligência cósmica. Como alguém já disse e eu volto ao clichê, “nada ocorre por acaso”. Por isso, deixemos que a vida siga seu curso e libertemo-nos das amarras do passado. Aproveitemos o Ano Novo para deixar nascer em nós a coragem de sermos felizes e enterrarmos os sofrimentos que não mais condizem com o nosso presente.

Lívia Petry

29.12.09

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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Sobre os medos contemporâneos

A sociedade do séc. XXI poderia bem ser descrita como a sociedade do medo. Hoje em dia, temos seguranças rondando as ruas escuras da cidade, outros tomando conta das portarias dos edifícios, temos câmeras espalhadas pelos aeroportos, lojas, shoppings, ruas, até mesmo nas lotações. Não é raro vermos um adesivo com esta frase: “Sorria, você está sendo filmado.”

Do mesmo modo vivemos sentindo-nos minimamente seguros atrás de grades, muros altos, cercas elétricas. Por que toda essa parafernália? Respondo: para um maior controle da sociedade. Mas será que realmente controlamos alguma coisa? Ou apenas vivemos assombrados pelo fantasma da violência?

A verdade é que desde o final da segunda guerra mundial, nunca mais o mundo foi o mesmo. Iniciou-se a Guerra Fria e, com ela, a necessidade de controlar até o que os cidadãos pensavam, pois o mundo era dividido em ideologias.

Com o final das utopias e o início de uma nova era do capitalismo, surgiram então os conflitos inevitáveis entre países em desenvolvimento e os países desenvolvidos, entre as civilizações do ocidente e a civilização islâmica. E novamente o mundo viu-se sob a égide do Terror, da xenofobia e do medo.

Particularmente no Brasil, a situação agravou-se com a chegada do consumo de massas, a modernização industrial e o fim da ditadura militar. A violência aliada á miséria explodiu nas grandes cidades do país. E, hoje, vivemos temerosos de guiar o carro pelas sinaleiras e sermos abordados por meninos de rua ou pior, bandidos. Hoje, temos medo de sair á rua e sermos seqüestrados, estuprados, roubados.

Mas o que gera tudo isso? O motor de todos esses medos é nossa incapacidade de ver o outro como um igual, de tratá-lo com dignidade e respeito. Se os políticos brasileiros olhassem para o povo com o sentimento de que quem vive na favela é tão humano quanto quem vive num apartamento de luxo, talvez pudessem ter mais consciência e realmente criar um Estado de Bem-Estar Social para essas pessoas.

Mas o problema da violência começa nos altos escalões do governo, que ao invés de priorizarem as ações e os projetos de melhoramento da sociedade, priorizam o próprio bolso, roubando impostos, fazendo negociatas, superfaturando obras. E então, nós, cidadãos comuns, que pagamos nossos impostos todos os anos, acabamos sentindo na pele a revolta dos excluídos e o medo gerado por ela. E assim, acabamos nos barbarizando, pois toda vez que alguém nos aborda na rua para pedir uma informação, somos tomados de susto. Sentimos alívio quando descobrimos que a pessoa só queria saber o nome de tal rua ou onde pegar tal ônibus.

O medo da barbárie contemporânea gera em nós, cidadãos, uma atitude de bárbaros também. Porque tememos o contato com o outro, com uma pessoa desconhecida, com o diferente de nós. E assim, criamos barreiras invisíveis, mas que geram na maioria das pessoas um grande sentimento de solidão. Já não conversamos mais com a garçonete que nos atende na lancheria, nem com o cobrador do ônibus, nem com a senhora que senta ao nosso lado na lotação. Fechamo-nos para as relações sociais, para o contato humano. Acabamos reféns de meia dúzia de conhecidos ou amigos com quem ousamos compartilhar um pouco de nós mesmos. E para além deles, ninguém mais. E mesmo nas relações mais íntimas, muitas vezes temos medo de nos expor, de sermos criticados, de sermos vistos por inteiro. O que sucede é que acabamos ilhados em nós mesmos, sem conseguir mostrar ao outro o quanto gostamos dele, ou o quanto somos frágeis e vulneráveis, ou o quanto certas coisas nos afetam. E como é difícil viver sendo uma fortaleza fechada em si mesma!

Mas nos tempos de hoje, muitas vezes é isso o que acontece. Por medo, terminamos sozinhos com nossas angústias, nossos traumas, sem conseguir resolver nada, sem conseguir compartilhar o que realmente é importante para nós. E pior: sem conseguir tirar daí, dos nossos problemas e fraquezas, um aprendizado para a vida. Talvez essa fosse a hora de arriscarmos a nos entregar ás relações interpessoais sem tantas barreiras, sem tantos medos. Porque quando vencemos o medo de nos abrir com o outro e geramos intimidade, descobrimos que o outro também é tão frágil e vulnerável quanto nós e então podemos amá-lo e reconhecer nele nossa própria humanidade.

Contribuição de Lívia Petry.

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sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

As irregularidades científicas da Gripe A (H1N1)

Vejam no vídeo  abaixo a entrevista concedida por TERESA FORCADES, que é freira beneditina no monastério de Montserrat, na Catalunha (Espanha), e doutora em Saúde Pública.

Ela  faz uma reflexão sobre a história da GRIPE A, dando informações científicas e enumerando as irregularidades envolvidas no assunto.

Como cientista, longe de especulações sobre "complôs contra a humanidade", esta cientista aponta para fatos ligados à proposta de vacinação em massa contra a gripe A-H1N1 como contendo graves irregularidades cientificas, como a constatação, no uso de cobaias, que a tal vacina, antes de conter virus atenuados contra a gripe, contém virus ativos da cepa da gripe aviária, altamente mortal mas pouco contagiosa, mesclada a um virus altamente contagioso, mas pouco mortal (da gripe A-H1N1), potencializando uma combinação dos mesmos altamente mórbida.

A cientista aponta ainda para o fato de ser incompatível a dita  gripe  A ser considerada uma pandemia, devido a sua baixa mortalidade (mais baixa que a gripe comum) e que esta declaração só foi possível porque a Organização Mundial de Saúde, OMS, retirou da condição de pandemia o índice de mortalidade, usando somente o critério contágio, o que colocaria qualquer gripe nesta condição e não apenas esta.

Como o critério de pandemia obriga aos países  proceder a uma vacinação em massa (se diz oficialmente que 4,6 bilhões de vacinas estão sendo elaboradas), resta o fato que nenhum seguro cobre os riscos desta vacina, já que os fabricantes receberam imunidades que os desresponsabilizam de eventuais danos secundários (efeitos colaterais).

Assim, aconselha a freira doutora, caso seja levado a cabo este intento de vacinação obrigatória em massa, inclusive sujeita à aplicação de multas diárias de 1.000 dólares aos que se recusarem, que o cidadão exija saber que seguro o cobre dos riscos de tal vacinação, que critério científico comprovou a inocuidade do produto.

Há muito mais explicações científicas trazidas por ela importantes de se conhecer.

Por isso aconselho a leitura do texto e a vista do vídeo bem como a difusão dos mesmos a amigos . Este comunicado pode despertar mais consciências, por ser científico e neutro, mais do que todos os textos de denúncia, onde se mescla o científico ao político.

Vamos dar vazão à nossa vontade de despertar e contribuir a este despertar cósmico, que se opera agora mesmo, como no caso deste vídeo, sob os nossos olhos.

Escutem a Freira Doutora.

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Equipe Vencer o Medo

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segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Encarando o tabagismo sem medo

Se você é fumante, certamente já deve ter pesquisado um pouco ou muito sobre os malefícios do cigarro à sua saúde.

Aliás, dificilmente uma pessoa que gosta de fumar seu cigarrinho está inconsciente dos efeitos dele em seu organismo. Eu mesmo, com 17 anos, já tinha lido muito sobre esse assunto.

Cheguei a fumar dois maços por dia. Mas parei aos 19, abruptamente. Mais tarde, já com mais de 25 anos, voltei a fumar, esporadicamente. Depois parei de novo. Há alguns anos, voltei de novo ao hábito, mas sempre de maneira espaçada, com dois ou três ao dia. Ás vezes um e outras vezes nenhum. E estou notando que a tendência é não passar disso.

Aproveitando que uma grande amiga minha decidiu olhar esta questão de frente, e como convivemos de maneira próxima, não tive como ficar alheio ao fato (afinal, eu comecei nessa senda por pura insegurança, e consequentemente, necessidade de auto-afirmação).

Se você tem o hábito de fumar ou isso já se transformou num vício, faça uma visita ao blog Parar de Fumar, para fazer uma meditação sobre isso, sem medo de olhar para o que lhe leva a inalar nicotina e outros elementos químicos.

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Sobre o medo de amar

Amar ás vezes exige que consideremos o outro como alguém diferente de nós mesmos, com suas idiossincrasias, seus hábitos, suas visões de mundo e maneiras de sentir a realidade muitas vezes distante do que somos e sentimos. Amar é antes de mais nada compreender o outro em sua individualidade e aceitá-lo tal como é. É saber que podemos nos desiludir com a pessoa amada, é saber que podemos ver nela defeitos que antes não víamos. O medo dessa desilusão, o medo de não sermos correspondidos e aceitos exatamente como somos é o medo de amar. Quando amamos somos vulneráveis, nos abrimos por inteiro, deixamos que o outro adentre nossas emoções e sentimentos. Mas quando o medo é o que nos domina, buscamos fazer o papel de fortes, de invulneráveis, buscamos passar essa imagem de que vamos muito bem sozinhos como estamos. Na realidade, temos medo de não encontrar no outro um porto seguro. Temos medo de nos mostrar como realmente somos, temos medo da rejeição. E esse medo vem da nossa parte sombria que nós próprios não aceitamos. Porém, no momento em que aceitamos nossos defeitos, nossas falhas, nossas fraquezas, no momento em que passamos a nos amar integralmente, esse medo desaparece. Quando deixamos de nos rejeitar, e passamos a nos ver como seres divinos num processo de evolução constante, perdemos o medo da rejeição do outro. E assim, se o outro nos aceita ou não, não tem importância, porque nós próprios nos aceitamos e nos amamos como somos. Assim, antes de amar o outro, temos de amar nossa sombra, nosso lado mais imperfeito. E saber que num relacionamento, seja ele qual for, uma amizade, um relacionamento amoroso, uma parceria profissional, estaremos sempre sendo inteiros, com qualidades e defeitos, e estaremos sendo aceitos na medida em que somos capazes de aceitar a nós mesmos e por reflexo, aos outros também. Aquele que tem tolerância consigo, tem tolerância com o próximo. Amai ao próximo como a ti mesmo, já dizia Jesus Cristo.



Lívia Petry

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sábado, 14 de novembro de 2009

Sobre medo e paranóia

A canção Paranóia, de Raul Seixas, tem uma marca importante na minha vida. A primeira vez na vida que descobri que eu não fui a única criança a ter tido medo ao ficar sozinho e nu no banheiro foi ao ouvir esta música.

E certamente pelo mesmo motivo que o Raul: um padre da minha cidade natal vivia dizendo pra todas as crianças que Deus via tudo que a gente fazia, inclusive quando a gente fazia malcriações ou coisas "indevidas" debaixo do chuveiro.

E obviamente, como todo menino que ouviu algo assim de um padre, eu ficava na culpa de ter passado bons momentos no banheiro.

Ouvir essa música do Raul me aliviou muito, pois ele pegou exatamente no ponto: a paranóia, gerada por uma culpa de estar fazendo algo que Deus não gostaria que a gente fizesse. Afinal, se não fosse pra isso, e muito mais, por que motivo Deus criaria espécies que precisam se interrelacionar para poder procriar e se multiplicar? Por que motivo criaria corpos de sexos diferentes?

Para que outras crianças também saiam da culpa pelos feitos escondidos nos banheiros do mundo, e consequentemente de outras culpas posteriores influenciadas por essa, incluo aqui esta bela canção do Raulzito. A letra está abaixo.

Abraço,

Gentil

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Paranóia
Raul Seixas


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Quando esqueço a hora de dormir
E de repente chega o amanhecer
Sinto a culpa que eu não sei de que
Pergunto o que que eu fiz?
Meu coração não diz e eu...
Eu sinto medo!
Eu sinto medo!

Se eu vejo um papel qualquer no chão
Tremo, corro e apanho pra esconder
Com medo de ter sido uma anotação que eu fiz
Que não se possa ler
E eu gosto de escrever, mas...
Mas eu sinto medo!
Eu sinto medo!

Tinha tanto medo de sair da cama à noite pro banheiro
Medo de saber que não estava ali sozinho porque sempre...
Sempre... sempre...
Eu estava com Deus!
Eu estava com Deus!
Eu estava com Deus!
Eu tava sempre com Deus!

Minha mãe me disse há tempo atrás
Onde você for Deus vai atrás
Deus vê sempre tudo que cê faz
Mas eu não via Deus
Achava assombração, mas...
Mas eu tinha medo!
Eu tinha medo!

Vacilava sempre a ficar nu lá no chuveiro, com vergonha
Com vergonha de saber que tinha alguém ali comigo
Vendo fazer tudo que se faz dentro dum banheiro
Vendo fazer tudo que se faz dentro dum banheiro

Para...nóia

Dedico esta canção:
Para Nóia!
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)
Com amor e com medo (com amor e com medo)...

Com amor e com medo...

O Mito do Phenix: Da Morte Psíquica ao Nascimento do Pensamento

O Phenix, Da Morte Psíquica ao Nascimento do Pensamento: movimento, referencial, identidade.

Da mesma forma que o phenix renasce de suas próprias cinzas, nossa consciência renasce da morte de nossas ilusões.
Aprender a passar por esse processo é um trabalho que exige uma profunda dinâmica de harmonização entre os sentimentos e a razão.
O mito do phenix nos traz o arquétipo universal desse processo, que nos foi legado pelos primeiros sábios da humanidade, a fim de guiar-nos em nossa busca de sentido para nossa existência, dividida entre os vários pontos de vista contraditórios que nos habitam, que vem da razão, dos sentidos, das sensações e das intuições.

A expressão morte psíquica se refere, assim, a esta sensação de morte que nos invade cada vez que entramos na dimensão de uma grande desilusão, devido à perda de uma de nossas crenças.

O nascimento do nosso pensamento é o momento em que nossa razão é capaz de refletir além da limitação do nosso medo, que é o medo fundamental de perdermos as crenças que nos servem de referencial em nossa vida.

O nascimento do nosso pensamento acontece quando sobrevivemos à desilusão que advém do desmoronamento de todas as nossas crenças, pois é quando começamos a pensar-nos além do medo que nos habita.

A partir daí, passaremos a raciocinar para além da fronteira do medo, num processo dinâmico de transformação, com a consciência sempre presente ao presente, ou seja, seguindo o movimento onipresente no universo, que é quem nos servirá de referência, em direção à consciência do todo.

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Para aprofundar a leitura sobre este assunto, leia o livro O Phenix, Da Morte Psíquica ao Nascimento do Pensamento, do Dr. Austro Queiroz, publicado pela Madras Editora (para encontrar este livro no site da editora, digite Phenix na janela de busca; o site não fornece link direto para o livro).